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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

S.O.M.B.R.A #3



 S.O.M.B.R.A #3 - Equipe Easy

Escrito por W. Lopes

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Manhattan – NY

Numa noite não muito fria, Wendy Jones, codinome Windfall, caminhava desconfiada, como aprendeu a ser desde que resolveu assumir uma identidade secreta, tirou um cartão do bolso e verificou um endereço, olhou o nome da rua, era o mesmo, olha o número no cartão, é exatamente onde está, em frente ao Gleen’s Bar, um dos bares mais chiques de Manhattan.
Na manhã anterior Wendy foi visitada por uma mulher que, supostamente, se chamava Alice Ward e a convidou para participar de um “super-grupo” secreto patrocinado pelo governo, deixou um cartão com um endereço e um horário para um encontro. Ela esperava um beco escuro, um galpão abandonado ou até mesmo uma instalação subterrânea cheia de coisas tecnológicas, mas não um barzinho da moda. Ela mal sabia como entrar já que era menor de idade. Enquanto pensava a respeito percebeu que um dos seguranças, um brutamonte enfiado desconfortavelmente num terno preto, se aproximou.

- Posso ajuda-la mocinha? – perguntou ele
- É ... eu... – Wendy ficou não sabia o que dizer. – esse endereço é aqui? – mostrou o cartão sem muita convicção.

O segurança olhou para o cartão desconfiado, já havia visto cartões como aqueles antes, mas geralmente com pessoas confiantes de postura firme, olhou a garota de cima abaixo e tomou uma decisão. Não era pago para testar as pessoas no fim das contas.

- É aqui sim. – disse ele. – A mesa número 6 está reservada para vocês. Fique à vontade senhorita. – ele fez uma mesura.

Wendy pegou o cartão que ele devolvera, mas por educação do que por outra coisa. Agora as coisas começavam a fazer algum sentido, ou não. Sim, ela estava sendo esperada, não havia engano, mas o segurança parecia tratar com esse tipo de “encontro” com certa freqüência, e o Gleen’s Bar não parecia esse tipo de lugar.

Wendy entrou no bar com certa relutância. Era um bar lindo, um bar de elite, mesmo as pessoas mais ricas só podiam entrar com convites ou com os nomes da listas, ao se lembrar desse detalhe Wendy teve sua hesitação transformada em excitação, finalmente fazia parte de algo, de algo grande, não sabia se atingiria os alvos que queria, mas de um jeito ou de outro o nome Windfall talvez começasse a fazer parte da história, então ela estufou o peito e tentou, sem muito sucesso, assumir uma postura mais firme e imponente. Percebeu que algumas pessoas a olhavam, parte por sua juventude e beleza, mas principalmente, por ser a primeira vez dela ali, como todos sabiam, aquele era um bar de figurinhas repetidas, e qualquer pessoa nova chamava a atenção, tentou ignorar os olhares e percebeu que não fazia idéia de qual era a mesa número 6, então foi ao balcão.

- Boa noite senhorita. – disse o barman assim que ela se aproximou.
- É... – ainda não tinha pegado o jeitão dessa coisa de autoconfiança. – pode me dizer onde fica a mesa 6?
- É aquela ali no canto. – o barman respondeu. – Perto da jukebox. Mas ela está reservada.
- Eu sei. – mostrou o cartão rapidamente. – Reservaram para mim.
- Um momento. – deu uma olhada num computador de mão. – Tem 100 dólares pré-pagos para aquela mesa. Vai querer beber algo.
- Pode ser uma cerveja. – ela disse meio relutante.
- OK. – ele disse com um sorriso simpático de barman – se quiser eu mando levar para você.
- Ah... obrigada. – ela respondeu meio sem jeito, e saiu em direção à mesa.

Aquilo era absolutamente demais, tinha conseguido comprar bebida sem precisar de uma identidade falsa, quem a tinha olhado anteriormente já tinha parado, afinal esse é um daqueles lugares onde não é saudável ficar encarando pessoas, e tudo graças a um pedaço de papel milagroso.

Wendy sentou-se na mesa número 6 e alguns segundos depois um homem alto e pálido veio em sua direção. “E agora?” pensou ela, estava preparada para tomar uma cerveja sem ter que se esconder, estava preparada para encontrar Alice, mas não para isso. Ela tinha poderes, sim claro, mas não podia sair por aí jogando furacões em quem viesse falar com ela. Ficou apreensiva.

- Desculpe, mas eu tenho uma reserva para essa mesa. – o homem disse tentando não parecer mal educado.
- Eu também. – Wendy respondeu quase sem perceber.

Dagon esperava encontrar a mulher que o derrotou na noite anterior, “Alice Ward” era o que dizia no cartão. “Será que essa garotinha trabalhava para ela?”, não. Não parecia possível, o doce cheiro de inocência percorria as veias da garota que estava ali sentada, mas ele não tinha tempo a perder.

- Você trabalha para Alice Ward? – Dagon perguntou de súbito.
- Ahn... – Wendy ainda estava um pouco tímida. – na verdade não. Ela disse para encontrá-la aqui.

Agora a coisa fazia sentido para os dois, Alice havia dito algo sobre montar uma equipe, não seria de se estranhar que tivesse marcado com mais pessoas.

- Disse o mesmo para mim. – o vampiro respondeu menos desconfiado. – Meu nome é Dagon. Posso me sentar?
- Ah claro. Meu nome é... – ficou na dúvida se deveria usar o nome ou o codinome. – ...Wendy.

Dagon se sentou à mesa, levemente impaciente, enquanto isso uma garçonete trouxe a cerveja de Wendy e perguntou a Dagon se ele não desejava beber algo, e ele disse prontamente que não. Os dois ficaram quietos por um tempo, Dagon por precaução e Wendy por timidez. Ficaram em silêncio por alguns poucos minutos até que...

- Ali. – Dagon disse apontando para a porta com a cabeça. Wendy olhou. Alice Ward, vindo em direção à mesa, cumprimentou umas duas pessoas rapidamente, fez um gesto para o garçom pedindo uma cerveja, jogou a mochila que carregava numa das cadeiras e sentou-se em outra.

-Que bom que já se conheceram. – disse ela. – a parte das apresentações é a mais chata.

Dagon e Wendy entreolharam-se rapidamente, tinham sido convidados, não tinham muito a dizer.

- Você está bem melhor Dagon. – Alice disse tentando descobrir por que sua cerveja estava demorando tanto. – Sua regeneração é mesmo formidável.

Dagon fez uma cara de descontentamento.

-Bom então vamos aos negócios. – Alice apoiou-se os cotovelos sobre a mesa. – Meu plano era beber com vocês, conversar bastante, explicar as coisas com calma, levar vocês para a base e treinar vocês...

A cerveja chegou, ela deu um gole longo e continuou.

- Mas não vai rolar. – esperou alguma reação dos dois, mas não houve. – Temos uma missão para hoje a noite.

- Como assim missão?! – Wendy se manifestou. – E quando eu vou ver meu pai?!

Dagon ficou curioso quanto a esse novo fato. Estava totalmente disposto a trabalhar com alguém que o desafiou a um combate um contra um apenas para provar o seu valor e recrutá-lo. Será que essa mesma pessoa raptara alguém para chantagear uma simples garotinha?

- Lá fora você fala com ele. – disse ela. – Quanto à missão, é uma missão de resgate. Não pode ser adiada. Partimos quando nosso quinto homem chegar.

- Quinto homem? – Dagon perguntou.
- O quarto está esperando no carro. – ela respondeu. – Ele não é muito sociável.

Pouco tempo depois um rapaz entrou pela porta. Mark Malarkey,18 anos, um garoto de 1,72m, franzino, de óculos, jeans surrados, camiseta preta e tênis esportivos.

- Meninos e meninas. – Alice disse enquanto Mark se aproximava. – Este é Mark Malarkey, o Bruto.

Dagon e Wendy se entreolharam confusos, por que aquele rapazote magrela, de bruto não tinha nada.

- Está atrasado. – Alice repreendeu o garoto.
- Foi mal Alice. – disse meio sem graça. – parei para bater num ladrãozinho. – Enfiou a mão num bolso interno da jaqueta e tirou uma pistola. – Ele tinha uma arma. Quer?
- Não.
- E você? – Empurrou a arma para Wendy.
- Ahn!? – disse ela meio afobada – Não. É... não. Obrigada.
- Ok. – Mark disse guardando a arma de volta. Vamos?
- Vamos. – Alice disse. – Acabe a bebida Wendy.

*****

Quartel general da S.O.M.B.R.A.

O Cérebro se entediava mortalmente de frente ao grande painel de monitores. Antigamente controlar toda a parte de espionagem, câmeras externas, internas, escutas telefônicas e todo o resto, era o suficiente para manter a mente dele ocupada, mas depois de um tempo trabalhando com Pai Tempo, Alice e os outros, tudo que não envolvesse tiros, explosões e/ou ossos quebrados o deixava entediado.

Pâmela Lopez, codinome Zoológica, 20 anos, um habitat alienígena vivo, foi infestada de forma simbiótica por uma pequena população alienígena, por causa de ser a única pessoa no planeta com uma característica raríssima no código genético.

- Começou? – disse Pâmela entrando na sala dos monitores.
- Ainda não. – o Cérebro respondeu sem olhar para trás. – Ainda estamos na parte das explicações tediosas.
- Café? – disse ela chegando perto.
- Obrigado.

*****
- Cadê o meu pai? – Wendy disse quando o grupo saiu do bar.
- Não está aqui. – Alice respondeu mexendo na mochila. – É óbvio.
- Você disse que podia falar com ele aqui fora.

Alice pegou uma máscara, aparentemente idêntica à que Windfall usava anteriormente.

- Entra no carro e coloca isso. – disse ela estendendo a máscara para Wendy. – Sua nova máscara tem um comunicador embutido, seu pai está online.

Entraram no carro, Alice no banco do motorista, Dagon, Wendy e Mark atrás. No banco do carona uma grande figura humanóide estava espremida, seu corpo apresentava uma cor esverdeada na pele levemente decomposta, pinos expostos nas laterais do crânio, costuras visíveis ligando algumas partes do corpo.

- Esse é Frankenstein. – Alice disse apresentando o monstro. -- Nosso campeão desmorto. Dagon,esse comunicador é o seu. Vamos testar se ele resiste ao teletrasnporte.
- Não estou ouvindo nada. – Wendy disse.
- Têm que botar no canal E. – Mark explicou. – Tem um pequeno controle na lateral. Se quiser ajuda.
- Cérebro para Windfall e Dagon. – veio a voz pelo comunicador recém-configurado. – Estão me ouvindo bem?
- Estou ouvindo bem. – Dagon respondeu.
- É... – Wendy não sabia como lidar. – Estou ouvindo sim.
- Windfall, estou captando um pouco de estática na sua linha. Podemos corrigir isso depois. – o Cérebro reportou. – Colocando o senhor Jones na linha agora. Pode falar senhor Jones.
- Wendy. – a voz do pai dela vinha pelo comunicador. – Está aí?
- Pai! – respondeu ela. – Você está bem? Eles fizeram alguma coisa com você?
- Eu estou bem minha filha. Eles são ótimos, até me ofereçam um emprego aqui. Eu vou poder trabalhar com você.
- Então eles não te seqüestraram? – Wendy perguntou meio confusa.
- Não, eles me trataram super bem. Mal da pra acreditar que minha filha é uma super heroína.
- Chega de papo furado. – Alice disse de súbito. – Cérebro, tire o senhor Jones de nossa linha. Vamos trabalhar agora.
- William Jones fora da linha. – disse o Cérebro. – podemos falar à vontade.

- A situação é a seguinte: -- Alice começou a explicação. – Ontem à noite, uma de nossas equipes invadiu uma instalação de pesquisas, diretamente ligada ao crime organizado e acabou sendo capturada. Acreditamos que vão tentar usa-los como cobaias de seus experimentos. A presença de agentes meta-humanos entre eles já está confirmada. A missão é entrar, resgatar nosso homens e copiar o banco de dados deles. Alguma pergunta?

- Por onde vamos entrar? – Dagon perguntou.
- Pela porta da frente. – Alice respondeu. – Essa não foi uma operação planejada com antecedência. É uma missão de alto risco, por isso nós, a Equipe Easy, temos de ser os melhores. Mais alguma pergunta?

Ninguém se manifestou.

- Então vamos às prioridades. – ela continuou. – 1. Manter a integridade da equipe. 2. Resgatar os membros da Equipe Charlie. E 3. Copiar o banco de dados, podem deixar essa parte comigo. Lembrete: Usar força letal somente em último caso. Alguma pergunta?

Ninguém se manifestou.

- Então ponham suas máscaras e verifiquem seus equipamentos, a diversão vai começar.

A equipe Easy parou seu modesto carro num beco escuro e de lá partiram a pé. Chegara a uma pequena porta, bem conservada.

- Bruto, faça as honras. – Alice disse apontando para a porta.

Mark Malarkey parou por um instante e se concentrou, nesse instante, como em um “boom” seus músculos enrijeceram-se com uma força do além. Um soco e a porta reforçada caiu como papel. Windfall e Dagon se entreolharam. Com um gesto de Alice o Bruto saiu correndo, entrando no complexo, logo depois ela fez mais um gesto de mãos mandou Frankenstein e Dagon seguirem, e depois entrou correndo junto com Windfall.

- Encontrei armadilhas. – O Bruto reportou. -- Vou neutraliza-las.

Nesse ponto do corredor, armas automáticas pregadas na parede começaram a atirar em quem se aproximava, já estavam sendo esperados, e exatamente por isso Alice mandou o mais resistente ir na frente. O Bruto saltou e começou a inutilizar as armas uma a uma e continuou avançando, os outros vinham logo atrás.

*****
Enquanto isso no QG Zoológica começou a se retrair e ajoelhar no chão sentindo uma forte dor de cabeça. Ela pôs as mãos na cabeça e começaoua resmungar alguma coisa.

- O que foi Pâmela? – o Cérebro perguntou tirando a atenção dos monitores e voltando para a moça no chão.
- Minha cabeça... – Ela disse gemendo. – dói ... muito.
- Pâmela, você tomou os seus remédios hoje?
- Claro que sim. – ela resmungou ainda gemendo.
- Cacete! – ele resmunga mudando a comunicação para um canal interno. – Preciso de médicos na minha sala agora!

*****
O Bruto chega a um grande cômodo que fora aparentemente abandonado, em frente a passagem para o próximo corredor havia um homem, um fantasiado. Um homem com um collant preto e um sorrisinho discreto.

- Cérebro. Quem é esse cara? – O Bruto perguntou dando um passo cauteloso à frente.
- Quem é este tolo que desafia o gélido sopro da morte ficando em nosso caminho? –diz o Frankenstein pomposamente quando chega à sala com Dagon.
- O nome é Franklin Trip... – reportou o Cérebro. – codinome Vulto, Alice mandou ele para cadeia ano passado.
-Vulto!? – disse Alice chegando junto com Windfall. – Os dentistas da cadeia fizeram um bom trabalho botando seus dentes no lugar.
- Eu vou ter minha vingança! – Vulto gritou!
- Você e qual exército!? – Alice desdenhou.
- Esse exército.

Nesse momento entraram pela porta oposta Pára-Choques, e mais três homens, todos uniformizados, um de uniforme azul e amarelo, com máscara cobrindo os olhos, outro de preto com óculos escuros e máscara cobrindo a boca, e outro com um uniforme colorido e sem máscara. Quem quer que estivesse por trás disso tinha um estranho gosto teatral.

- Alice é minha. – disse Vulto avançando na forma de uma nuvem de poeira negra.
- Calma pessoal, mantenham a defesa. – Alice ordenou. – Cérebro, quem são esses caras?

Windfall lança um tornado nos inimigos, então o homem sem máscara da um passo à frente e bloqueia com um tornado idêntico começando uma disputa de poder. Dagon teleporta-se tentando acertar um golpe nele, mas Pára-Choque, o gigante de metal, o agarra assim que ele aparece e o joga para o canto e parte para cima.

- Eles não têm treinamento mesmo, né? – resmunga o Bruto.

É muito fácil morrer nessa vida de “super-herói”, é só cometer um erro e algum maluco super-forte esmaga sua cabeça com o pedaço de um prédio. Alice sempre acreditou na idéia de ficar na defensiva até conhecer o oponente, e isso era exatamente o que ela planejava fazer. Mas agora já era.

- Vão!. – ela disse. – Deixem o Vulto comigo.
- O cara de azul e amarelo é o Dardo, especialista em arremesso. – reportou o Cérebro. – o sem máscara é um tal de Dragon, não preciso nem dizer que ele tem poderes de vento.

O Bruto e Frankenstein avançaram. O homem de preto que ainda não tinha sido identificado começou a criar réplicas idênticas de si mesmo, se tornando sete.

- Nós somos a Maioria Silenciosa. – disseram todos os sete em uníssono.

O Bruto foi na direção do Dardo enquanto a Maioria Silenciosa(todos eles) caíram em cima do Frankenstein. Vulto se rematerializou atacando Alice, ela desviou facilmente e tentou ataca-lo, mas ataca-lo era como atacar a um fantasma, ele sumia sempre a alguns microssegundos antes de ser atingido.

Alice via Franklin, o Vulto, Trip como um fracassado, mais um daqueles que conseguiram poder, mas não tiveram o mínimo esforço para aprender a ser letal, ela mesmo poderia ficar esquivando dos golpes dele a noite inteira sem problemas. Ficou lutando por um tempo e sem tirar os olhos do cenário geral.

As coisas iam de mal a pior.

Windfall continuava numa disputa de poder que provavelmente não ia dar em nada. Dagon até que se virava bem, mas não tinha a menor chance contra a invulnerabilidade do monstro Pára-Choque. Frankenstein estava passando sufoco, lutar contra a Maioria Silenciosa não era tão simples como lutar contra sete pessoas, eles tinham algum treinamento de combate e mente coletiva, o que dava a eles total sincronia nos movimentos, o monstro desmorto mal conseguia se levantar. O Bruto não conseguia acertar o Dardo que era um exímio lutador.

Alice sabia que precisava de um plano, e logo. Começou a se concentrar mais na luta dos outros e menos no Vulto que acabou acertando-a de raspão com uma faca que havia acabado de sacar. Era só um corte superficial, a dor era pequena, ela continuou pensando e desviando. Então sorriu.

- Dagon. – disse ela. – troca comigo.

Alice deu um golpe que seria certeiro, mas Vulto desmaterializou, quando voltou à forma física para atacar, Dagon se materializou perto desferindo um poderoso soco na cabeça do bandido. Que caiu capotando no chão.

- Bruto. – Alice disse. – Segura aqui pra mim.

Alice não precisava ver para saber que Pára Choque, que havia ficado sem oponente quando Dagon sumiu, vinha correndo com seu corpo enorme na direção dela. O Bruto largou seu oponente, correu e interceptou o monstrengo de metal como um bom jogador de futebol americano faria, caíram no canto e começaram uma verdadeira batalha de titãs.

Dardo identificou Alice como seu novo adversário, e começou uma série surpreendente de ataques. Ela saiu correndo em direção à Maioria Silenciosa, saltando, dando rolamentos para desviar da saraivada de coisas arremessadas contra ela. Chegou. A Maioria Silenciosa estava se saindo bem contra o Frankenstein, mas Alice era especialista em combater com múltiplos alvos. Ela se jogou no meio da Maioria distribuindo socos, chutes, cotoveladas, chegou até a usar um deles como escudo para um dos ataques de Dardo, depois designou o Frankenstein para pega-lo.

Frankesntein avançou e foi atingido por adagas de arremesso, shurikens, e algumas coisas que não reconheceu, mas ignorou e continuou avançando. Nesse momento Pára-Choque arremessado por uma pancada do Bruto quase atingiu o Dardo, que desviou do Pára-Choque, desviou de um tiro da pistola do Frankesntein, desviou de um golpe de espada, mas por fim acabou sendo agarrado, pelo pescoço, pelo monstro. Dardo era rápido, mas Frankenstein era forte.

*****
No QG da S.O.M.B.R.A os médicos haviam chegado para cuidar de Zoológica enquanto o Cérebro continuava coordenando as coisas. De repente ele houve um dos médicos gritar e um baque surdo.

*****
Alice derrotou a Maioria Silenciosa com facilidade, depois olhou em volta. Viu Frankenstein fazendo um belo estrago no rosto de Dardo, Dagon terminando de vencer uma incrível batalha entre teleportadores, e as batalhas acirradas de Windfall contra Dragon e Bruto contra Pára-Choque. Então se apressou em desmaiar Dragon com um soco na nuca.

- Vamos! – ordenou ela.
- Mas e o Bruto? – Windfall perguntou preocupada – Ele ainda está lutando.
- Eles são invulneráveis. – explicou ela. – Isso pode durar horas. Vamos!

Eles avançaram deixando o duelo de monstros para trás. Passaram por alguns corredores e chegaram numa espécie de laboratório gigante e viram algo aterrador. Vários cientistas mortos, vítimas de seus próprios experimentos. E viram também os antigos membros da Equipe Charlie transformados por alguma ciência louca avançando em sua direção com um olhar maníaco.

- Cérebro! – Alice gritou na linha E. – Preciso de opções!

*****
Nesse momento o Cérebro não podia responder. Em sua sala dois dos médicos da S.O.M.B.R.A estavam mortos em sua sala, um decapitado e o outro com as entranhas escapando por um corte no abdômen. O Cérebro estava sendo segurado pelo pescoço pela Zoológica.

- A colônia precisa se reproduzir. – disse ela. – E você vai nos ajudar.

Continua...

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