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domingo, 14 de agosto de 2011

Superman #3


Superman #2 - Inimigo meu...
Parte 3 - Solidão
Escrito por Luiz Finatti

 - Ei Super... Lembra quando eu te disse que um dia eu iria acabar com você, com tudo que supostamente representa a essas pessoas... Esse dia chegou. Olhe a sua volta. Você é um monstro de poder incontrolável.

Superman, de olhos vermelhos, sentindo e tontura, entendeu finalmente o que havia acontecido. Era Lex Luthor, que de alguma maneira, o indúsio a destruir vários prédios da cidade. O heroi podia ver Luthor, mas aos poucos ele desaparecera de sua visão, assim como o gorila gigante que Super tentara derrotar a pouco. Nuvens de poeira dos destroços se espalhavam. Explosões, incêndios, gritos vindo de várias direções. Superman sente uma dor de cabeça terrível, mas ainda sim consegue erguer voo. Ele se esforça para ganhar altitude, mas de repente é jogado ao asfalto.

- Ei cara... Sai daqui agora!

- Metroman? – Superman se levanta, com os olhos emitindo uma forte luz vermelha.

- Se eu fosse você, caia fora, depois de tudo isso que você aprontou. As pessoas agora o temem, seu lugar não é aqui.... SAI!

Num salto de ira, Superman vai de encontro a Metroman com seu punho fechado. Mas quando sua toca no corpo do adversário, o heroi sente algo estranho. Era quase que instantâneo. Uma fraqueza anormal tomou sua mão e seu braço. A força do impacto foi fraca o suficiente para Metroman não ter reação alguma. Este, por sua vez, aplica um soco em Superman, deixando-o caído aos seus pés.

- Super... Foge! Rápido! – Rampage grita do meio da calçada.

O heroi desaparece dali tão rápido que todos ali mal percebem sua saída. Metroman se volta contra Rampage.

- Seu amiguinho destruiu metade da cidade.

- Eu não tenho tempo pro seu papo, imbecil – Rampage corre em direção a uma mulher caída na calçada. Metroman rapidamente também desaparece dali.

*

- Senhor Luthor, chamada na linha X.

- Obrigado, já vou atender. – Ele retira seu celular do bolso e atende a ligação, pressionando a tecla x de seu celular, um pequeno aparelho um tanto quanto diferente dos comuns, mais uma das peças produzidas pelo laboratório secreto de Lex... Enfim, ele atende a ligação – General Lane, como está?

- Melhor agora, Lex. As noticias correm rápido, o Pentágono já está em preparativos depois do ataque do Superman, nosso presidente até agora não acredita no que aconteceu, e quer mais informações...

- Sim, o que aconteceu foi terrível, mas eu sempre acreditei que esse dia chegaria.

- E chegou. Nós vamos dar um jeito nisso, e precisaremos de sua ajuda novamente.

- Farei o que for ao meu alcance, General.

- Eu sei que fará. Você fez um bom trabalho hoje. Seu pai está orgulhoso de você, aonde ele estiver.

- Sim, ele está... Também gostaria que sua filha estivesse orgulhosa de mim.

- Sua pretensão me comove, mas confio em minha filha, sei que ela não se envolveria com homens de sua laia. Tenha um bom dia, Luthor.

- Desligou... Ele adora quando eu falo da filha dele... Bem, o plano corre como planejado. Que horas são Mercy?

- Nesse momento são 7h14, senhor – responde a secretaria pessoal do empresário.

- É cedo... Vamos sair daqui, que o Superman me despertou uma fome incomum está manhã, e pelo visto, o dia será longo – Ele sorri para sua secretária.

- Sim senhor.

- Os dois adentrar um elevador, e saem de um grande laboratório localizado há alguns metros abaixo de sua mansão. Apenas alguns homens de branco ficaram por ali, cuidando de uma jovem garota que estava agora deitada numa maca, cheia de fios ligados a sua cabeça, com aparelhos monitorando seus sinais vitais. Ela parecia exausta, e dormia. Tinha pesadelos com os quais não conseguia acordar, e durante seu sono seus braços e pernas davam espasmos. Ela sonha com um grande gorila atacando Metrópoles.

*

Até para o Homem de aço, o frio do Polo Norte faz a pele ter calafrios. Mas essa não é uma reação normal que ele teria num dia normal. E hoje, definitivamente, é um dia anormal para nosso heroi. Ele pousa sob o denso gelo, e a sua frente há uma imensa montanha de gelo. Clark flutua por 6 metros, até acessar a abertura para adentrar a sua Fortaleza. Ele flutua por mais alguns metros, pousando levemente no gelo. Enfim sozinho. O único som que podia ouvir agora era o do vento. Não havia pessoas por um raio de 10 mil quilômetros, o que reconfortava o heroi, tão cansado. Seu corpo cai ao chão.

Caído, de cara para a neve, Clark adormece. Lembranças de sua infância se afloram durante seus sonhos:

Um jovem menino esguio de 11 anos, de roupas esfarrapadas, corria pelos milharais de Smallville a uma velocidade sobre-humana.

- Um, dois e... três!

O garoto salta, alcançando mais de 3 metros. Ele pousa, e continua correndo e saltando. O menino sabia que era diferente dos outros. Era mais forte, mais rápido, mais resistente. Nunca havia sido picado por um borrachudo. Nunca havia tido cortes em sua pele pelo passar nos milharais. Sarampo, catapora, rubéola, nem mesmo gripe... Seus pais pareciam não o porquê de tudo aquilo. Desde pequeno tinha de ouvir de sua mãe para ter cuidado em disfarçar “aquilo que ele tinha de melhor”, mas não era fácil. Ela tentava deixa-lo no interior de seu quarto, mas o pobre garoto sempre achava um jeito de escapar. Tudo aquilo perturbava muito Clark.

Enquanto corria, ele ouvia trovões pelo horizonte, que vinham de muito perto, mesmo com o céu aberto que fazia aquele dia de verão. O garoto corre até o lugar, e começa a ouvir barulhos estranhos, como se fossem impactos fortes. Os relâmpagos se intensificam, assim como uma leve neblina que cobria uma parte de um campo aberto.

Um homem forte e corpulento, com mais de dois metros, e de um bonito traje vermelho enfrentava um ser esquelético e de cor escura, com longos chifres. Eles lutavam no céu: ambos voavam de um lado para outro, como o ser estranho tentando fugir do homem de vermelho. Por fim, este consegue acertar um soco no ser estranho. Foi como se um intenso relâmpago tivesse acertado o ser, que foi pulverizado.

Clark ficara espantado em ver aquela briga, mas ao mesmo tempo estava fascinado. Antes que o homem saísse dali, o garoto se pôs a gritar, correndo em sua direção com seu grandes saltos. O homem logo percebe, e ainda flutuando no ar, mostrou uma cara de espantado. Ele pousa graciosamente no campo aberto, pouco a frente do garoto.

- Quem é você rapaz? Como você conseguiu dar uns pulos daqueles?

- Meu... Meu nome é Clark.

- Eu sou o Capitão Marvel – ele estende sua grande mão ao garoto, que cumprimenta com um delicado aperto de mão. Ele sempre tinha medo de quebrar os ossos nesses cumprimentos. – Que aperto de mão mais fraco o seu... Acho que pode fazer melhor que isso rapaz!

Clark então aperta a mão do heroi com cuidado, e aperta mais com toda sua força.

- Agora sim... E esse é um belo aperto de mão!

- O que você tava fazendo com aquele bicho?

- Ora, aquilo era um demônio, tive que expulsa-lo de volta para sua dimensão... Vez ou outra eles saem de suas tocas, e podem causar um grande estrago.

- Ele era... um demônio?

- Sim, rapaz. Acho que foi a primeira vez que você viu um deles não foi? – O garoto responde positivamente com a cabeça. – Pois então. Bem... Eu tenho de ir agora.

- Espere... – Clark queria falar mais com aquele homem. Ele parecia ser tão gentil, mais do que seu pai... Ele voava, era super poderoso, vestia uma bela fantasia... – Eu... não sei.

- Ora ora, temos um garoto com dúvidas. Acho que você não é o único.

- Mas eu faço coisas que meus amigos não fazem... Eu nem sei se eles são meus amigos, eu mal os vejo depois da escola. Tenho que ficar em casa, me escondendo de todos que possam me achar um estranho.

- Veja Clark, eu não sei o por que você é mais forte que os outros, ou salta mais altos, mas todos nós somos estranhos, de um jeito em particular. Você já tinha visto um cara voando pelos céus vestido desse jeito?

- Só o Lanterna Verde uma vez...

- Então! Você ainda é jovem, e ainda vai desenvolver essas habilidades que você está descobrindo. Seus pais não poderão esconde-lo por muito tempo. Um dia você será dono de seu próprio nariz, e então decidirá o que fazer da sua vida, que fim dará a esses dons que você parece ter. Tenha paciência jovem.

*

Hospital

Jefferson Pierce repousa sob o leito da UTI, desacordado. Do lado de fora, José Delgado estava sentado na sala de espera, pensando. O hospital estava cheio, pois algumas vitimas do incidente desta manhã tinham chegado esta manhã de lá. Uma mulher toca o ombro de José. Era a Dra. Kitty Faulker que o chama a atenção.

- Kitty, - Ele se levanta e os dois dão um longo e aconchegante abraço. – Você também não dormiu?

- Não tive tempo... Assim que eu recebi o recado, vim correndo para cá... Jeff não tem nenhum parente em Metrópoles. E você? Como foram os estragos?

- Foram grandes... Mas não parece haver mortes ainda, embora haja dezenas de feridos.

- O que o Superman fez?

- Não foi ele... Quando o Metroman foi tirar satisfação, ele parecia estar diferente, era como se algo tivesse errado. Eu disse pra ele fugir dali, e ele foi embora... Acho que ele deve ter ido pra sua caverna...

- Eu cheguei no hospital quando ele estava saindo daqui, e ele parecia estar normal, não havia nada de errado. Temos de tentar ouvi-lo.

- Mas... você acha que...

- Jeff foi atacado, e horas depois, o Superman fica louco...

- Você acha que foi o Superman que fez isso com ele?

- Não sei... Pode ser... Ou pode ser que alguém tenha feito algo com os dois, e então nós seremos os próximos.

- Calminha, você tá nervoso, mas... não sei. Eu tenho de ir, o pessoal me espera no laboratório. Assim que terminar o dia eu volto pra cá e fico com ele.

Kitty e José se despedem, e o homem vai até a lanchonete do hospital tomar um café. Todos alí nas mesas estavam acompanhando a transmissão do plantão que passa na tv.

“ - Eu fiquei perplexo com a atrocidade cometida por esse dito super heroi. Eu tive a oportunidade de conhece-lo e conviver por alguns meses como todos se lembram, e eu descobri que este ser tinha uma mentalidade um tanto quanto dúbia, talvez até um distúrbio de personalidade, visto pelas suas falas fora das câmeras. Eu estou imensamente triste, pois ainda confiava, assim como todos nós da cidade. Mas agora, isso foi longe de mais. Eu, em nome da Lex Corp. fico a disposição das autoridades para ajudar na captura deste ser, que deve pagar por esse crime a humanidade cometido hoje.

Além do empresário Lex Luthor, outras autoridades comentaram sobre o atentado:

- Nós da policia tínhamos um vinculo com esse rapaz, que sempre se mostrou pró ativo em nos ajudar, e aceitar a nossa interferência nos casos quando necessário. Temos um débito enorme de gratidão pelo que ele já fez, mas agora tudo mudou, e esperamos que ele se entregue, para que o processo corra e seja feita a justiça – responde xx, chefe de policia. Uma repórter pergunta o que vai ser feito se Superman enfrentar as autoridades, e rapidamente ele responde – chamaremos reforços pesados.

- Eu não sei o que dizer... O Superman nunca foi meu amigo, quanto mais um parceiro, mas sempre mantivemos uma relação cordial, como colegas de trabalho. Mas o atentado que ele cometeu hoje foi muito grave, e ele tem de pagar por isso. E se for necessário, eu irei capturar o Superman. – Diz Metroman.

José termina seu café, após se irritar com as falas vistas na tv. Metroman nunca fora simpático com ele, nem com Raio Negro ou com Rampage. E Lex Luthor era um sujeito ruim, como assim Superman dizia. Uma forte intuição dizia que Lex poderia estar envolvido nisso tudo. Há algo de muito errado, e isso deve ser investigado.

*

Algumas horas depois, Clark acorda. Ele se levanta e tira de seu corpo a fina camada de gelo que se formou em seu corpo. Se sentindo bem melhor do que quando ele chegara, ele se ve acordado em meio a um pesadelo. Tudo aquilo era verdade. Ele se sentia inseguro por poder ter provocado feridos ou até mortos. Seja o que for, havia um culpado, e este era Lex Luthor. Cada movimento seu deveria ser bem pensado, pois seu adversário é uma das pessoas mais inteligentes do mundo. Ele precisa de ajuda para enfrentar esse poderoso inimigo, e teria de contar com seus companheiros de Metrópoles. Em dá um click num tipo de botão, preso em uma pulseira, da mesma cor azul de seu uniforme, embaixo da manga. Após, ele levanta voo rumo a América.

Na próxima edição: Superman chega em Metrópoles, mas sofre uma perseguição implacável da polícia e de Metroman; Lois e Jimmy começam a investigar o misterioso caso de Raio Negro, e Lex Luthor dá seu próximo passo para a derrota do Homem de Aço!


Um comentário:

  1. Finatti, olá... Já tentei manter contato com você, mas não consegui. Você aceitaria fazer uma parceria entre o seu blog e de seus amigos, e o meu?

    Fale comigo por e-mail. Grato.

    Ant - Boy.

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