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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Batman #1

 
Batman #1 - Jogos Mortais
Capítulo 1

Por Carlos Alberto e Xande Ribeiro



Em uma sala escura um homem está deitado no sofá, seus olhos olham tristes para a tela da teve. As palavras que entram em sua cabeça o torturam, ele quer parar de ver, mas não consegue.

- Gotham City é a cidade mais violenta do mundo, desde que esse tal de Batman apareceu tudo piorou, os bandidos que antes eram batedores de carteiras se tornaram maníacos sorridentes.

- Como o senhor pode falar isso? Quando ele tornou Gotham a Cidade mais pacifica do mundo, o senhor não o Criticava.

- Mas agora a realidade não é essa. Gotham piorou, está bilhões de vezes pior do que era antes dele aparecer.

Após alguns minutos os homens da televisão continuaram a discutir o mesmo assunto, mas Bruce Wayne não está mais deitado. Uma mão está no rosto, à outra pega uma garrafa de água. Aos poucos ele atravessa a mansão, desce escadas, passa por corredores enormes, então ele para enfrente a um Relógio. Mas não é para olhar as horas, ele gira os ponteiros e uma passagem se abre atrás do relógio.
Ele desce as escadas e para em uma sala na qual Bruce Wayne fica para trás e de lá sai Batman, o Cavaleiro das Trevas. Bom, pelo menos era assim. Agora ele não sabe diferenciar quem é quem, eles realmente se tornaram um agora.

- O senhor vai testar o novo uniforme patrão? – Diz um senhor relativamente alto, de cabelos grisalhos, forte pra sua idade e bem vestido.

- Sim, Alfred, essa roupa me deu mais mobilidade. Sem falar que esse símbolo amarelo é como um alvo, eu reforcei um pouco mais essa parte. É quase como ser imortal.

- Cuidado Bruce, não saia achando que isso te torna invulnerável.

- Alfred, eu sou velho de Guerra. Isso é só mais uma precaução, não vou me expor por causa disso. Cautela sempre.

Bruce senta em sua cadeira em frente ao Bat-Computador para analisar provas.

Banco central de Gotham.

- O local está cercado, vocês não vão fugir – Diz o Comissário Gordon ao Megafone.

- Gordon, nós vamos entrar – Diz o Detetive Richard Grayson   
- Segura a onda ai Grayson – Diz um Homem Gordo de cabelos negros ralos.

- Cala a boca Bullock, vai buscar o seu arrego, vagabundo – Respondeu Grayson com voracidade.

- Dá pra parar? – Interrompeu o Comissário Gordon – Temos trabalho a fazer aqui. Grayson, qual é o panorama?


- Bem Gordon, dentro do prédio Charada e seus comparsas estão de posse de 7 reféns, vários pontos de fuga estão bloqueados pela policia. Mas pelo que parece eles estão criando outro jeito de fugir. Nós podemos invadir pelo terraço da edificação, mas chamaria atenção demais. As portas estão descartadas. Eles são espertos, colocaram armadilhas em algumas entradas. Só nos restou o duto de ar, mas por lá é mais complicado. E caso consigamos entrar, o único jeito de sair de forma, como posso dizer... Tranqüila, será se conseguirmos controlar a situação.

- Vocês acham que conseguem sem ele Dick?

- Espero que sim Comissário – Após apertar a mão do Comissário, Grayson se encaminha para a sua equipe. Prepara sua arma e começa a repassar o plano com os outros policiais.

Gordon se distanciou de todos, pegou seu telefone e fez uma ligação.

- Olá, espero que você não esteja ocupado demais – Diz Gordon – O Charada está aqui no Banco Central, Grayson e o pessoal dele vão invadir pelo duto de ar. O terraço está livre, acho que você consegue entrar sem ser percebido.

- Pode deixar Jim – Responde o homem do outro lado do telefone – Mas ainda sinto falta do Sinal.

- Eu que o diga, obrigado.

Após desligar o telefone, Gordon retorna a Barragem e fica em prontidão.


Bat-caverna

Bruce Wayne desliga o seu telefone e vai em direção ao Bat-Movel. Alfred fita os olhos de Bruce, para lhe passar confiança. Bruce coloca o capuz e entra no carro.
O ronco do Motor enche a Caverna. Antes de partir, Batman faz um sinal de positivo para o Mordomo.


Banco de Gotham:

Charada e sua gangue esvaziam os cofres, três reféns estão próximos da porta do Cofre Principal. 
- Senhor Presley, o Senhor sabe o que eu quero? – Pergunta Charada

- Você é um maluco Nigma – Responde um homem de Terno Branco e óculos escuros.

- Não, eu não sou maluco. O Maluco usa o terno roxo, o meu é verde, percebe? – A Gargalhada diabólica de Edward Nigma enche a sala – Você Doutora Isley, a senhora é muito bonita. Seus olhos verdes são tão bonitos, seu cabelo vermelho.

A doutora Pámela Isley que havia ido ao banco receber o incentivo dado pela empresa de Presley para ela continuar a desenvolver seu projeto. O Charada passa a mão pelo corpo dela, ele toca seus seios, ela tenta resistir, mas não consegue.

Enquanto isso, os policiais iniciam seu plano. Grayson e sua equipe começam a passar pelo duto de ar. O telefone de Gordon toca.

- Eles estão entrando.

- Eu estou vendo, Jim. Eu vou ir pelo teto, obrigado pela dica.

- Boa Sorte.

O sombrio vigilante já estava no teto. Observava a situação sem ser notado. Enquanto isso dentro do banco. Edward assumia o controle da operação.

-Diga-me...quantas vezes o Batman me derrotou?-Questionava Nigma a Presley

-é disso que se trata?Ravanche?-O homem ajeitava sua gravata suando um pouco devido ao nervosismo.

-Não...não...se eu fosse uma esfinge já o teria devorado!O morcego é meu...concorrente!rival!oponente!é uma pista...decifre esta charada-De repente charada apontava uma arma para a cara do homem-Ou te devoro!-Com uma expressão insana e sádica no rosto. Mas logo soltando uma gargalhada e abaixando a arma-Brincadeirinha.

Tanto os reféns quanto os assaltantes ali presentes permaneciam estáticos e atemorizados pela ameaça macabra do Charada. Este, por sua vez, estalava o dedo para dois comparsas.

Presley amedrontado perguntava ao Charada- Isto é para ser só um assalto á um banco. Agora temos a policia nos cercando e você ainda fica fazendo joguinhos comigo!Porque diabos você faz isso?

-Descifre essa, meu caro: Por que o Escorpião matou o sapo, sua única chance de salvação?-Ele abaixava por alguns instantes e logo depois retomava o sirroso na sua face.- Agora vamos a parte mais interessante do espetáculo. Tragam as roupas aqui.

Um dos capangas do Charada trás uma mala de conteúdo ainda desconhecido. Enquanto isso, o policial Grayson e seus companheiros adentram o local dos dutos ventilação.

Sua mente adentra uma sensação que há muito ele havia esquecido, afinal, lutar com criminosos fantasiados, se pendurar por prédios, isso era coisa do passado!Ele agora servia a lei de outra maneira. Era isso que ele repetia incansavelmente para si mesmo. Já o Batman repetia para si mesmo o posto disso. Repetia que estava servindo a justiça do jeito certo, que não estava contra ela. A lei não importava, somente a justiça!Mas ele se indagava: Se não respeito a lei...eu sou um dos que combato?

Ao meio do turbilhão de dúvidas o Batman avançava através do terraço, com exceção de poucas armadilhas que não o retardavam por muito tempo, ele sorrateiramente chegava quase que simultaneamente junto com o policial Grayson. O que os dois encontravam era uma sala com várias pessoas vestidas e amordaçadas como o “Charada”! Batmana e Grayson revistavam as vítimas, porém, o Charada escapou levando consigo o senhor Presley. Deixando uma pequena caixinha contendo uma de suas famosas charadas.

“Existem duas irmãs. A primeira sempre vai parir a segunda. A segunda sempre vai parir a primeira.”

O Cruzado de capa lia a mensagem com atenção enquanto seu ex-pupilo também observava a mensagem. Fazia um tempo que não se encontravam mesmo sob a identidade de Bruce Wayne e Dick Grayson-Pai e filho-Entretanto, os dois voltariam a ser aliados de forma diferente de outrora.

-Com licença, Batman!O Charada escapou. –Responde Grayson

-Posso ver com meus próprios olhos, policial Grayson!E deixou uma pista

-Alguma idéia do que seja?

O Mascarado pensava um pouco e dizia.

-Eu ainda não sei.

Alguns policiais apontam armas para o Batman. Dick sinaliza para que eles abaixem as armas.

-Mas...Grayson, o Batman esta na nossa mira. Nós temos armas e ele não tem nada.

-Ainda não entendeu?Nós somos 4 e ele nos derrubaria antes que ficássemos sem munição. Então eu te aconselho a ficar de bico calado e não contar isso a ninguém.-Dizia Dick em resposta com um tom de voz firme. Embora, ele não vá admitir, Bruce ficou orgulhoso dele.


O Batman sumia após uma pequena distração do policiais.

Voltava para a mansão sempre evitando a perseguição policial. Notava também algumas pichações do movimento “anti-batman”. Ao chegar ele encontrava seu jovem pupilo Tim Drake e seu fiel mordomo Alfred.

Tim-Bruce...eu poderia ter lhe ajudado!

Bruce- Aprecio sua preocupação, Timothy! No entanto, dessa vez não era necessário apoio. Além disso, poderia chamar atenção demais.

Enquanto isso...

Presley acordava ainda meio zonzo e estava em um quarto parecido com o de uma prisão. Ouvia agora uma voz familiar.

-Boa noite, Senhor Presley!

-Nigma?Aonde eu estou?ME TIRA DAQUI!
-Sinto muito mas não posso!Lembra quando eu disseque aquilo não era apenas um assalto á banco comum?Pois é...você é uma das peças do meu jogo.

-J-o...jogo...jogo?

-Sim!Um jogo muito estimulante.

Na mansão Wayne...

Bruce Wayne se preparava enquanto comentava com seu fiel mordmo e seu jovem pupilo

Bruce- Vá descansar, Tim! Você precisa estar em forma para amanhã a noite!

Tim- O que vai acontecer amanhã á noite?

Bruce- O Charada vai fazer o seu movimento! E nós vamos impedir.

Continua...

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