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sábado, 12 de março de 2011

Lanterna Verde #2


Lanterna Verde #2 – Trabalho

Parte 1: O que existe em sua cabeça?

Roteiro: Xande


Banco central de Coast City:

- Vamo lá, vamo lá. Poe a grana ai dentro, rápido! – Grita um bandido.

- Calma senhor eu estou indo o mais rápido possível – Responde a amedrontada  caixa

- Não fala comigo vadia, não fala comigo. Só põe a merda desse dinheiro no saco! – Ordena o Bandido apontando a arma na direção da caixa.

            Bandidos assaltando um banco, nada melhor. Sério, desde que eu ganhei esse anel, bater em bandidos é a melhor coisa que tem. Coast City é chamada de cidade verde, assim como Gotham foi um dia, eles deveriam saber que eu ou John estaríamos aqui pra impedir esse assalto. Eu chego à porta do Banco, algumas pessoas começam a se alarmar, porem eu faço um gesto para que elas se silenciem, elas o fazem.
Os bandidos vão sair do Banco, agora é a melhor parte. A porta do banco se abre, porem eles dão de cara com um muro verde. John e Kyle dizem que eu não sou muito criativo, me desculpem. Eu prefiro ser efetivo. 

            Eles começam a se recuperar, foi um belo impacto. Quando o primeiro se levanta eu estou na frente dele. Ele descarrega a arma em mim, só me faz cócegas. Ambos os bandidos se desesperam, um deles é esperto o suficiente pra ameaçar a vida das pessoas dentro do Banco. Ele pega uma pessoa como escudo, e ameaça mata-la. Eu o mando solta-la, ele não o faz. Algumas pessoas não sabem como o anel funciona, ele se “alimenta” da minha força de vontade em compensação ele faz o que eu o mando fazer. O bandido sente algo cutucar seu ombro, um dedo verde gigante se transforma em uma luva de Box que o acerta em cheio no rosto. Ele desmaia. O outro bandido, desarmado, se entrega. As pessoas me agradecem, com um sorriso no rosto eu me despeço. É mais um dia normal aqui na terra.


No dia seguinte na Ferris Aeronáutica
 
- High Ball, pelo amor de deus, da pra parar de dormir no serviço?

- Foi mal Hector, agora é 12h50min. Daqui a dez minutos da à hora do almoço.

- Dez minutos, você ainda tem dez minutos de trabalho Jordan. Você já terminou a simulação do para quedas?

- Já

- Já terminou o da quebra das turbinas?

- Já, tanto em Mach 2 como em Mach 3.

- E você...

- Eu já terminei tudo. Olha só Hector, tá no meu horário, eu tenho que ir.

- Um dia eu vou descobrir o que você faz pra ficar tão cansado, Jordan.

- Eu sei Hector. E eu vou te ajudar nisso, pergunta pra Carol, talvez ela saiba o q eu estou fazendo.

- Olha só como fala da minha namorada, Hal – Diz Hector com um sorriso no rosto.

- Foi mal senhor Hammond. Não quis te ofender.

            Hal Jordan da um abraço no amigo Hector Hammond e sai do recinto.



No escritório de engenharia Stewart

            John Stewart está sentado em sua mesa, a sua frente ele analisa um projeto de um prédio que está pra ser construído no centro de Coast City. Esse será o maior prédio da cidade, com aproximadamente 54 andares. Coast City não é uma cidade alta, seu maior prédio até então tinha 31 andares.

- Ei, John. Vamos dar um passeio?

Ele olha para a Janela e lá está Hal Jordan

- Agora não dá, tenho que terminar esse projeto.

- Deixa de ser Chato John, vamos lá. Só alguns minutos. Tem muito tempo que agente não patrulha juntos.

            John olha para os papeis e diz:

- Ainda bem que você veio, eu já tava de saco cheio.

            John se levanta e sua roupa normal é substituída por seu traje de lanterna.
            Os dois começam a voar e após alguns segundos começam a conversar:

- Tomei maior esporro hoje no trabalho – Começa Jordan.

- Porque cara? – Pergunta John

- Tava dormindo no Trabalho.

- Nossa cara, você está patrulhando tanto assim?

- Patrulhando? – Diz Hal após uma gargalhada seca – Ta brincando comigo.

- Já sei. É a vaqueira. Tem dado uns tratos nela?

- Também.

- Porra Hal. Você não ta de brincadeira. Duas nessa semana.

- Não, duas não. Cinco.

- Caramba, cinco mulheres em 6 dias. Boa media – O silencio perdura por alguns segundos.

- E você, o que tem feito? – Pergunta Hal, quebrando o silencio.

- Tenho trabalhado muito, esse projeto do Prédio ta me tomando muito tempo, sem falar que eu tenho que finalizar o projeto do Warriors e mandar pro Guy até semana que vem.

- O Guy ta levando isso realmente a sério?

- Sim, me parece uma boa idéia. Um Bar temático para os Lanternas se encontrarem pra bater um papo. Falta isso lá em Oa.

- Quando que fica pronto?

- Eu não tenho certeza, mas depois de eu terminar o Projeto, o Guy vai chamar uma galera lá de Oa pra ajudarem a construir o Bar. Eu acho que vai ficar maneiro, o Kyle é quem vai decorar o lugar, o garoto tem um dom. É criativo como ninguém.

- Verdade, me deixou ansioso.

- Verdade. Vou ficar até mais feliz quando tiver que ir a Oa.  Hal, olhe lá pra baixo, o que é aquilo.

- Gatinha, você ta falando da de azul?

- Ai, larga mão de ser babaca. Eu to falando daquele cara ali, usando uma roupa preta apontando a mão na nossa diraçao.

            Um jato de luz negra faz com que os heróis comecem a cair. Antes de tocar no chão eles se recuperam e conseguem amortecer o impacto criando um colchão de energia esmeralda.

- Cara, acabei de me sentir em um quadrinho de comedia – Diz Hal Jordan.

- Muito mal escrita por sinal – Diz John Stewart – Alias, quem é aquele?

- Não faço a mínima idéia. Ei maluco, abaixa essa mão ae!
           
            O homem de trajes negros não liga e continua a se aproximar lentamente dos dois.

- Eu mandei você parar! – Exclama Hal Jordan, mas o homem continua andando. O anel de Jordan começa a brilhar mais intensamente.

- Hal, não faz isso. Você vai explodir o cara!

- Vou nada – Diz Hal, o homem fica a apenas 5 metros dos dois lanternas verdes, então ele para – Ai amigo, ainda bem que você parou senão eu seria forçado a...
            Hal Jordan recebe uma rajada de energia no peito sendo lançado a vários metros de distancia. O homem olha para John stewart, seus olhos são vermelhos, sua pele branca como neve.

- Hal é um retardado – Diz John pra si mesmo enquanto começa a atirar varias rajadas de energia na direção do vilão. A primeira o acerta no rosto, desnorteando-o. Porem quando as outras iam o atingir, uma energia negra, saída de sua mão direita, absorve todos os tiros lançados por John.

            O homem caminha na direção de John, lentamente, ele se sente em um filme de zumbis, o cara até parece um zumbi. Os civis correm em todas as direções, mas o homem de negro não liga. Sua atenção está totalmente voltada para os lanternas. John começa a voar, porem sua energia é sugada.

- Níveis de energia caindo de forma repentina, nível energético em 20% - O anel sinaliza.

            John tentava fugir, mas não conseguia, ele olhou e viu que Hal ainda estava desacordado. O homem aproximava-se devagar, os níveis de energia caindo, caindo, caindo...

- Níveis de enrgia em menos de 10%, é necessário que a recarga seja feita – Alertou o anel.

            John, sem opções socou o homem que cambaleou. Ele socava o rosto do homem, porem recebe um soco de volta, um soco que não era comum. A mão direita do homem, envolta da supracitada energia negra, o acerta no rosto. Por um momento ele viu algo, uma voz que dizia, tudo vai acabar, repetidamente. Então ele cai. O homem o pega pelo pescoço. E a voz começa a falar novamente “A luz, a luz precisa ser extinguida para que você não sofra mais”.
            Hal Jordan se levanta, cambaleante, seus olhos cheios de lagrimas. Ele manda o anel fazer uma gigantesca luva de boxe, porem, uma nuvem disforme surge em seu lugar. Ele se concentra e lembra do que Kilowog disse em seu treinamento “Você não pode ter medo recruta, o medo é o pior inimigo de um lanterna verde”. Então ele se levanta e parte com tudo pra cima do inimigo, o derrubando.

- Tudo bem John? – Pergunta Hal após dar a mão ao amigo, ajudando-o a se levantar.

- Tudo, tudo.

- Vocês, vocês me tiraram tudo! – Os lanternas são surpreendidos pela voz do homem misterioso.

- Calma ai cara da Mão Negra, o foi que nós fizemos? – Pergunta John

- Vocês não entendem, nunca entenderão. Eu não vou ter paz, nunca.

- Acalme-se, você não está falando coisa com coisa. – Apazigua Jordan.

- Vocês não entendem.

            Uma luz negra recobre o homem que desaparece. Os dois lanternas se recompõem.

- Hal, eu tive uma sensação estranha.

- Eu sei John, eu também tive. Era como se aquela energia negra drena-se nossas energias vitais. Sem falar naquela voz...

- Você, também ouviu?

- Sim.

            Os dois ficam em silencio por alguns instantes até que escutam a voz de uma mulher desesperada.

- Ei vocês dois, pelo amor de deus, venham aqui.

            Os dois se viram e lá está Carol Ferris, em seu colo seu namorado Hector Hammond está deitado no chão. Uma grande ferida em sua cabeça.

- Salvem meu namorado!
        
Fim.


Na próxima edição: Hal Jordan e John Stewart precisam quebrar algumas regras para salvar Hammond. E como Hal reagirá com toda essa preocupação de Carol? E quem é o misterioso Mão Negra?

Continuem lendo.


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