S.O.M.B.R.A #1 – Recrutamento
Escrito por W. Lopes
Escrito por W. Lopes
Nova York
Uma noite escura, um beco escuro. Um mendigo sentado na sarjeta entre latas de lixo e gatos.
No fundo do beco existe uma porta de madeira desgastada pelo tempo, era aporta dos fundos de um bar de péssima frequentação conhecido como Dead Man’s Hand, a mão do morto. A porta, normalmente usada para por o lixo para fora, escancarou-se de súbito e um homem foi arremessado para fora caindo de mal jeito no chão. O mendigo se encolheu de susto e o homem se levantou pesarosamente por causa da dor, se apoiou na parede e tentou sai dali saltando de um pé só. Antes que pudesse deixar o beco uma figura sombria saiu do bar e veio em sua direção rapidamente.
- Sabe que não pode fugir de mim Billy. -- A voz ecoou soturna pelo beco fazendo o sangue de Billy e do mendigo gelaram.
- E...eu já disse que não sei de nada. -- A voz de Billy saiu entrecortada pelo pânico.
O homem veio andando impaciente na direção de Billy que ficou paralisado de medo. O homem chegou perto e Billy, ficando cada vez mais desesperado, pode ver seu rosto, era uma pele mortalmente pálida, entrando em contraste com os olhos de um vermelho vívido e ardente como o fogo.
- Sinto o cheiro da mentira percorrendo suas veias. -- O homem encarou-lhe com frieza. -- Não minta para mim Billy, eu ainda nem comecei a te machucar, e você sabe muito bem que eu tenho a noite toda.
- Foi o Mark Dellano. -- Billy se esforçava para não parecer histérico. -- O cara das apostas das lutas clandestinas, mas ele é peixe pequeno.
O estranho homem pálido afastou-se um pouco de Billy dando-lhe espaço, a intimidação já havia funcionado, mas ele precisava de mais informação.
- Como sabe que ele é peixe pequeno? -- O homem perguntou calma e polidamente dessa vez.
- Sabe como o Delano é, né … - foi interrompido antes que pudesse continuar.
- Não! Não sei. -- o homem disse perdendo a paciência.
- Ele ficou repetindo: “Nós precisamos da Lança.”, como se ele fizesse parte do esquema e não fosse só um pau mandado que nem eu. -- Billy deu um sorriso discreto e cauteloso. -- É um fanfarrão mesmo.
- Mais alguma coisa? -- o homem disse ríspido.
- Não me falaram muito. -- Billy disse cauteloso. -- Eu só apresentei o Eddie, que você já “pegou”, pra ele e fiquei por perto para ouvir. Sabe como informação é importante não é Dagon.
- Fez bem. -- Dagon disse virando-sede costas deixando que Billy fosse embora. -- Essa informação acabou de salvar sua vida.
Billy sabia que sua serventia havia acabado, mas que o momento pensativo de Dagon seria ideal para ir embora. E foi isso que ele fez.
Dagon parou de ponderar sobre seu próximo passo por um instante e olhou para um gato preto que o observara desde o começo da conversa.
- O que está olhando? -- disse ele.
O gato virou-se e foi embora. Dagon também.
Uma noite escura, um beco escuro. Um mendigo sentado na sarjeta entre latas de lixo e gatos.
No fundo do beco existe uma porta de madeira desgastada pelo tempo, era aporta dos fundos de um bar de péssima frequentação conhecido como Dead Man’s Hand, a mão do morto. A porta, normalmente usada para por o lixo para fora, escancarou-se de súbito e um homem foi arremessado para fora caindo de mal jeito no chão. O mendigo se encolheu de susto e o homem se levantou pesarosamente por causa da dor, se apoiou na parede e tentou sai dali saltando de um pé só. Antes que pudesse deixar o beco uma figura sombria saiu do bar e veio em sua direção rapidamente.
- Sabe que não pode fugir de mim Billy. -- A voz ecoou soturna pelo beco fazendo o sangue de Billy e do mendigo gelaram.
- E...eu já disse que não sei de nada. -- A voz de Billy saiu entrecortada pelo pânico.
O homem veio andando impaciente na direção de Billy que ficou paralisado de medo. O homem chegou perto e Billy, ficando cada vez mais desesperado, pode ver seu rosto, era uma pele mortalmente pálida, entrando em contraste com os olhos de um vermelho vívido e ardente como o fogo.
- Sinto o cheiro da mentira percorrendo suas veias. -- O homem encarou-lhe com frieza. -- Não minta para mim Billy, eu ainda nem comecei a te machucar, e você sabe muito bem que eu tenho a noite toda.
- Foi o Mark Dellano. -- Billy se esforçava para não parecer histérico. -- O cara das apostas das lutas clandestinas, mas ele é peixe pequeno.
O estranho homem pálido afastou-se um pouco de Billy dando-lhe espaço, a intimidação já havia funcionado, mas ele precisava de mais informação.
- Como sabe que ele é peixe pequeno? -- O homem perguntou calma e polidamente dessa vez.
- Sabe como o Delano é, né … - foi interrompido antes que pudesse continuar.
- Não! Não sei. -- o homem disse perdendo a paciência.
- Ele ficou repetindo: “Nós precisamos da Lança.”, como se ele fizesse parte do esquema e não fosse só um pau mandado que nem eu. -- Billy deu um sorriso discreto e cauteloso. -- É um fanfarrão mesmo.
- Mais alguma coisa? -- o homem disse ríspido.
- Não me falaram muito. -- Billy disse cauteloso. -- Eu só apresentei o Eddie, que você já “pegou”, pra ele e fiquei por perto para ouvir. Sabe como informação é importante não é Dagon.
- Fez bem. -- Dagon disse virando-sede costas deixando que Billy fosse embora. -- Essa informação acabou de salvar sua vida.
Billy sabia que sua serventia havia acabado, mas que o momento pensativo de Dagon seria ideal para ir embora. E foi isso que ele fez.
Dagon parou de ponderar sobre seu próximo passo por um instante e olhou para um gato preto que o observara desde o começo da conversa.
- O que está olhando? -- disse ele.
O gato virou-se e foi embora. Dagon também.
*****
Bellmont-NY - Manhã
Wendy Jones 17 anos, acordou atrasada como de costume, se arrumou correndo, verificou o que carregava na mochila e saiu correndo comendo uma maçã como café da manhã.
-Tchau pai! – Ela gritou antes de sair para o que ela esperava ser um dia normal.
Foi para a escola a pé como de costume, pois morava próximo. Olhou para os lados desconfiada, mas não viu ninguém.
Wendy Jones 17 anos, acordou atrasada como de costume, se arrumou correndo, verificou o que carregava na mochila e saiu correndo comendo uma maçã como café da manhã.
-Tchau pai! – Ela gritou antes de sair para o que ela esperava ser um dia normal.
Foi para a escola a pé como de costume, pois morava próximo. Olhou para os lados desconfiada, mas não viu ninguém.
*****
Há aproximadamente seis meses Wendy descobrira que possui estranhos poderes de controle do vento, no começo ela estranhou, mas depois aprendeu a controlá-los conforme sua vontade. Logo fez um uniforme improvisado e disse que combateria o crime como os heróis que via na TV. É claro que passar da intenção para a ação demorou um pouco, mas não é possível se tornar diferente e querer que sua vida seja a mesma. Em pouco tempo se tornou mais concentrada, mais preocupada com pensamentos distantes, sonhando no dia em que salvaria o mundo ao lado do Superman, mas para isso precisava de um nome, então escolheu um. Windfall.
Como Windfall, já havia salvado algumas pessoas e pego alguns ladrões de bolsas, mas nada sério.
Como Windfall, já havia salvado algumas pessoas e pego alguns ladrões de bolsas, mas nada sério.
*****
A aula passou se arrastando penosamente, a única coisa que conseguia prender sua atenção era a necessidade de impedir que qualquer um mexesse em sua mochila.
Durante o intervalo Wendy e as amigas conversavam no pátio perto da entrada quando de repente um sujeito entra correndo ofegante pelo portal com uma arma em mãos.
Durante o intervalo Wendy e as amigas conversavam no pátio perto da entrada quando de repente um sujeito entra correndo ofegante pelo portal com uma arma em mãos.
- Todo mundo quieto! – O homem gritou. -- Eu não quero matar ninguém!
As garotas pensavam em correr, mas não podiam, algumas gritaram e entraram em pânico. Wendy tremeu por um segundo, mas sabia que estava pronta, era aquilo que ela esperava, agora era só agir. Coincidentemente, ou não, o homem estava de costas para ela e ela estava próxima ao banheiro. Um passinho atrás , outro passinho e mais um, e ela estava no banheiro longe da vista de todos, excitada ela tirou a roupa ficando apenas com o collant que usava sempre por baixo, pegou a máscara na mochila e cobriu o rosto. Tornou-se Windfall.
*****
Em cima de uma casa em frente à escola duas mulheres observavam a situação. Uma delas, a que estava de pé, era morena, cabelos cacheados longos e belas curvas.
- Transformou? – Ela perguntou.
A outra, que estava agachada observando com um binóculo, era branca, cabelos curtos, braços firmes e barriga sarada.
- É claro. – Ela respondeu.
- Transformou? – Ela perguntou.
A outra, que estava agachada observando com um binóculo, era branca, cabelos curtos, braços firmes e barriga sarada.
- É claro. – Ela respondeu.
*****
Windfall saiu voando pela janela do banheiro e entrou novamente pelo portal da frente fazendo uma entrada triunfal cavalgando os ventos. O homem se virou aparentemente assustado e disparou contra a heroína, um pequeno furacão rodopiou ao redor dela defendendo-a do disparo. Com um belo gesto de mãos uma lâmina de vento cortante subiu do chão e atingiu a mão do homem fazendo um corte leve, mas doloroso o suficiente para fazê-lo largar a arma. Depois veio um gesto mais firme, uma lufada de vento jogou o bandido contra a parede desmaiando-o.
*****
As meninas animadas tentaram falar com a heroína, admiração e encanto estavam estampados nos rostos de cada uma daquelas meninas, mas Windfall tinha que sair de cena e dar lugar a Wendy Jones. Pegou o bandido num pequeno ciclone e o levou para fora e nessa hora a polícia estava chegando, milagrosamente rápido.
- O que achou? – Disse a morena no alto da casa.
- Razoável. – Disse a mulher com o binóculo. – Já vi melhores.
- Acha que ela vai servir, Alice?
- Vai ter que servir. – Alice disse. – As outras opções são piores.
- O que achou? – Disse a morena no alto da casa.
- Razoável. – Disse a mulher com o binóculo. – Já vi melhores.
- Acha que ela vai servir, Alice?
- Vai ter que servir. – Alice disse. – As outras opções são piores.
*****
Wendy saiu do banheiro fingindo não saber o que aconteceu. As amigas vieram contar como a tal Windfall era incrível e como ela acabou com o bandido e que a polícia já havia chegado e levado o homem embora. Em nenhum momento nenhuma delas se perguntou o que o bandido queria afinal ou como a polícia chegou tão rápido e foi embora sem fazer nenhuma pergunta.
Wendy estava satisfeita com sua ação, mas mal sabia o que aquilo tudo significava e como mudaria sua vida.
Wendy estava satisfeita com sua ação, mas mal sabia o que aquilo tudo significava e como mudaria sua vida.
*****
- As câmeras do banheiro pegaram? – Alice disse sozinha se levantando.
- Pegaram. – Foi respondido pelo comunicador alocado na orelha dela.
- Ótimo. – Alice respondeu. – Vamos recrutá-la.
- Acha que ele vai aceitar? – A morena perguntou.
- Espero que sim. – Alice respondeu. – Mas vamos deixar uma medida de contenção para caso ela não aceite.
- Entendo.
- Pâmela. – disse Alice para a mulher morena. – Libera o nosso garoto da polícia. Dê o dinheiro dele e veja se precisa de cuidados médicos. – Depois levou a mão ao ouvido e falou pelo comunicador. – Alice para Bruto. Empacotar e Transportar. Repetindo. Empacotar e Transportar. Alice para Cérebro. Quero as fotos o mais rápido possível.
- Entendido. – A resposta veio duas vezes pelo comunicador.
- Pegaram. – Foi respondido pelo comunicador alocado na orelha dela.
- Ótimo. – Alice respondeu. – Vamos recrutá-la.
- Acha que ele vai aceitar? – A morena perguntou.
- Espero que sim. – Alice respondeu. – Mas vamos deixar uma medida de contenção para caso ela não aceite.
- Entendo.
- Pâmela. – disse Alice para a mulher morena. – Libera o nosso garoto da polícia. Dê o dinheiro dele e veja se precisa de cuidados médicos. – Depois levou a mão ao ouvido e falou pelo comunicador. – Alice para Bruto. Empacotar e Transportar. Repetindo. Empacotar e Transportar. Alice para Cérebro. Quero as fotos o mais rápido possível.
- Entendido. – A resposta veio duas vezes pelo comunicador.
*****
Mark Dellano volta calmamente para casa depois de uma noite lucrativa na Arena. Seu esquema de controle de apostas em lutas ilegais estava indo de vento em popa. Ele era bom no que fazia e gostava disso.
Chegou em casa e entrou, trancou a porta e acendeu a luz. Por um segundo a luz ficou acesa, logo em seguida uma escuridão densa tomou conta da sala, nem mesmo a luz da lua podia entrar naquele apartamento.
- Diga-me quem ordenou o roubo da Lança – Uma voz grave e soturna vinda de lugar nenhum e de todos os lugares ressoou pelo recinto.
- Quando soube que o Eddie morreu, soube que você viria atrás de mim, Dagon. – Mark respondeu sem se abalar.
- Se sabia disso, também sabe o que pretendo fazer com você. – A voz de Dagon ressoou novamente.
- Sempre suspeitei que você fosse um chupador de sangue. – Mark disse calmamente. – Agora posso ter certeza.
- Então... -- A voz de Dagon parecia um sussurro vindo do além -- Sabe da nossa existência. Pouco me importa. Mortos não contam histórias.
- Que tipo de anfitrião acha que eu sou? – Mark disse sorrindo. – Acha que eu não prepararia uma recepção à sua altura?
“Kiay!”, Mark Dellano gritou. Nesse momento dois desenhos tribais surgiram cobrindo todo o chão e todo o teto. A densa escuridão sumiu tão repentinamente quanto surgiu. E lá estavam, Dagon e Mark frente a frente se encarando.
- Belo truque. – Dagon disse com desdém. – Bloqueou minhas magias, mas isso não é o suficiente para me deter.
Mark começou a gargalhar alto.
- Eu comando as apostas! – Ele disse – Já fui ameaçado por todo tipo de gente ou de coisa. Como acha que sobrevivi até hoje?
O corpo de Mark Dellano começou a pulsar e a inchar, a parte inferior do rosto começou a esticar para frente formando uma espécie de focinho com presas grandes e afiadas. Do corpo começou a brotar uma pelagem grossa e a massa corpórea aumentou tanto que rasgou as roupas como se fossem meros trapos. Agora Dagon estava sem magias de frente para um lobisomem com cerca 3 metros de altura.
Ok. – Dagon suspirou. – Vai ser uma longa noite.
Chegou em casa e entrou, trancou a porta e acendeu a luz. Por um segundo a luz ficou acesa, logo em seguida uma escuridão densa tomou conta da sala, nem mesmo a luz da lua podia entrar naquele apartamento.
- Diga-me quem ordenou o roubo da Lança – Uma voz grave e soturna vinda de lugar nenhum e de todos os lugares ressoou pelo recinto.
- Quando soube que o Eddie morreu, soube que você viria atrás de mim, Dagon. – Mark respondeu sem se abalar.
- Se sabia disso, também sabe o que pretendo fazer com você. – A voz de Dagon ressoou novamente.
- Sempre suspeitei que você fosse um chupador de sangue. – Mark disse calmamente. – Agora posso ter certeza.
- Então... -- A voz de Dagon parecia um sussurro vindo do além -- Sabe da nossa existência. Pouco me importa. Mortos não contam histórias.
- Que tipo de anfitrião acha que eu sou? – Mark disse sorrindo. – Acha que eu não prepararia uma recepção à sua altura?
“Kiay!”, Mark Dellano gritou. Nesse momento dois desenhos tribais surgiram cobrindo todo o chão e todo o teto. A densa escuridão sumiu tão repentinamente quanto surgiu. E lá estavam, Dagon e Mark frente a frente se encarando.
- Belo truque. – Dagon disse com desdém. – Bloqueou minhas magias, mas isso não é o suficiente para me deter.
Mark começou a gargalhar alto.
- Eu comando as apostas! – Ele disse – Já fui ameaçado por todo tipo de gente ou de coisa. Como acha que sobrevivi até hoje?
O corpo de Mark Dellano começou a pulsar e a inchar, a parte inferior do rosto começou a esticar para frente formando uma espécie de focinho com presas grandes e afiadas. Do corpo começou a brotar uma pelagem grossa e a massa corpórea aumentou tanto que rasgou as roupas como se fossem meros trapos. Agora Dagon estava sem magias de frente para um lobisomem com cerca 3 metros de altura.
Ok. – Dagon suspirou. – Vai ser uma longa noite.
*****
Algum lugar no subsolo de Nova York.
Um laboratório pouco iluminado. Um homem, de aproximadamente 1,80 de altura, rosto envolto em ataduras, num terno italiano impecável, observa calmamente um tanque cilíndrico, dentro dele uma criatura humanóide de porte monumental descansa tranquilamente.
Do outro lado da sala uma grande bancada com monitores espalhados estrategicamente e um homem sentado observando-os atentamente.
- O Bruto acabou de chegar com o “pacote”, Pai Tempo. - Disse o rapaz nos monitores.
- OK, Cérebro. - Disse Pai Tempo. - Mande alguém acomodá-lo bem. Lembre-se de que ele não é um prisioneiro. E Pâmela?
- Foi resolver um problema com a polícia. - O Cérebro respondeu sem olhar para trás.
Não muito longe dali duas pessoas chegavam em um carro. Um rapaz jovem de óculos, e cabelos curtos e no banco do carona estava William Jones, pai de Wendy Jones.
- Em breve poderá tirar a venda senhor Jones. -- o rapaz disse tentando acalmá-lo. -- Estou entrando no complexo. -- Ele disse pelo comunicador.
Na outra sala o Cérebro permitiu a entrada do carro.
- Zoológica para Cérebro. Missão cumprida. -- Cérebro recebeu pelo comunicador.
- O plano da Alice parece estar dando certo. -- Pai tempo disse com um tom pensativo.
- Acha que foi uma boa idéia deixá-la cuidar de tudo? -- Cérebro perguntou.
- Ela planeja bem, mas não sabe delegar. -- Pai tempo respondeu. -- Estou preocupado com o último estágio. Ela podia mandar o Bruto ou a Zoológica, mas prefere fazer tudo sozinha.
- O pior é que pode dar certo. -- Cérebro disse.
- Ela é formidável. -- Pai tempo disse.
- Ela me assusta!
Pai Tempo e o Cérebro fizeram o que não faziam há um bom tempo, riram.
- Vamos parar de falar dela, vou abrir comunicação. -- Cerebro diz ficando séro. -- Cérebro para Alice, pacote entregue. Repetindo, pacote entregue.
- Entendido. -- veio a resposta. -- Sigo para o próximo passo amanhã. Alice desligando.
Um laboratório pouco iluminado. Um homem, de aproximadamente 1,80 de altura, rosto envolto em ataduras, num terno italiano impecável, observa calmamente um tanque cilíndrico, dentro dele uma criatura humanóide de porte monumental descansa tranquilamente.
Do outro lado da sala uma grande bancada com monitores espalhados estrategicamente e um homem sentado observando-os atentamente.
- O Bruto acabou de chegar com o “pacote”, Pai Tempo. - Disse o rapaz nos monitores.
- OK, Cérebro. - Disse Pai Tempo. - Mande alguém acomodá-lo bem. Lembre-se de que ele não é um prisioneiro. E Pâmela?
- Foi resolver um problema com a polícia. - O Cérebro respondeu sem olhar para trás.
Não muito longe dali duas pessoas chegavam em um carro. Um rapaz jovem de óculos, e cabelos curtos e no banco do carona estava William Jones, pai de Wendy Jones.
- Em breve poderá tirar a venda senhor Jones. -- o rapaz disse tentando acalmá-lo. -- Estou entrando no complexo. -- Ele disse pelo comunicador.
Na outra sala o Cérebro permitiu a entrada do carro.
- Zoológica para Cérebro. Missão cumprida. -- Cérebro recebeu pelo comunicador.
- O plano da Alice parece estar dando certo. -- Pai tempo disse com um tom pensativo.
- Acha que foi uma boa idéia deixá-la cuidar de tudo? -- Cérebro perguntou.
- Ela planeja bem, mas não sabe delegar. -- Pai tempo respondeu. -- Estou preocupado com o último estágio. Ela podia mandar o Bruto ou a Zoológica, mas prefere fazer tudo sozinha.
- O pior é que pode dar certo. -- Cérebro disse.
- Ela é formidável. -- Pai tempo disse.
- Ela me assusta!
Pai Tempo e o Cérebro fizeram o que não faziam há um bom tempo, riram.
- Vamos parar de falar dela, vou abrir comunicação. -- Cerebro diz ficando séro. -- Cérebro para Alice, pacote entregue. Repetindo, pacote entregue.
- Entendido. -- veio a resposta. -- Sigo para o próximo passo amanhã. Alice desligando.
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O lobisomem avançou com tudo para cima do vampiro que, por estar sem magias, se limitou a desviar da poderosa garra se abaixando. Uma pequena série de socos poderosos acertou o abdome da criatura, mas não causou muito efeito. Dagon saltou para trás evitando mais uma “garrada” que poderia ser fatal, até mesmo para ele.
Os lobisomens mudaram muito desde seu surgimento até os dias de hoje, não são mais as criaturas sem cérebro facilmente controladas de antigamente. Durante os séculos eles evoluíram como uma cultura unificada e encontraram a espiritualidade, descobrindo assim como usar a magia dos espíritos e outras sutilezas em combate.
Mark, o lobisomem, Dellano encurvou-se para trás de braços abertos e uivou tão alto, que pôde ser ouvido por todo o quarteirão. Dagon se assustou ao descobrir que estava sobre o tribal no chão, ele estava brilhando e seus pés estavam presos a ele por causa dessa estranha magia.
- Vou acabar com você, chupador de sangue dos infernos! – Mark disse com sua voz gutural enquanto caminhava para cima do vampiro apriosionado.
O lobisomem desferiu um ataque pronto para decapitar Dagon com suas garras grandes e afiadas. Dagon conseguiu reduzir o dano do golpe desviando movendo somente a cintura. Defendeu um segundo golpe ficando com os braços bastante feridos. Um terceiro golpe veio, um golpe fatal, provavelmente o último, mas nesse instante o efeito da magia acabou, Mark Dellano, o “cara das apostas” de uma cidade grande quanto Nova York não tinha lá tanta espiritualidade assim. Dagon conseguiu desviar com maestria da garrada, mas esta foi seguida de um safanão com as costas do antebraço jogando Dagon contra uma parede.
Dagon caiu atordoado e bastante ferido, sua regeneração lutava para curar os ferimentos profundos e o impacto na cabeça. Dagon levantou com dificuldade e se livrou da dor, afinal não era uma dor real, era apenas uma lembrança de seu tempo como humano, ele era um vampiro agora, carne morta, sem órgãos vitais, sem sentimentos.
O lobisomem avançou como uma fera frenética. Dagon desviou e não atacou, concentrou-se apenas em esquivar do próximo ataque. E do próximo, e do próximo, e do próximo, e do próximo...Depois de vários ataques desviados Mark uivou mais uma vez, mas Dagon fez um movimento rápido retirando os pés de cima da figura tribal que havia no chão e percebeu que a magika falhou assim como tinha previsto. Ele se afastou com calma ficando de costas para uma grande janela de vidro.
- É só isso que sabe fazer totó? – Ele disse com um desdém afiado como uma foice.
Os vampiros também mudaram com o tempo. Antes usavam apenas seus poderes, se achando os predadores máximos do mundo. Hoje, após várias derrotas, aprenderam que só o poder não funcionava. Precisavam de estratégia. Porém assim como a fonte de poder dos vampiros, sangue humano, nunca mudou, a fonte de poder dos lobisomens nunca mudará. Eles nunca vão deixar de se enfurecer. Dagon sabia disso.
O lobisomem atacou, rápido como o vento e forte como a terra, imprudente e furioso, com seus caninos salivando e as sobrancelhas arqueadas, enquanto isso Dagon ficou parado, ele sabia que só precisava esperar, sabia também que iria doer... muito.
Mark Dellano deu o bote, Dagon usou os braços e o jogo de cintura para evitar as garras e a mordida, mas foi acertado pelo encontrão fenomenal, era como ser atingido por um caminhão peludo.
Os dois voaram atravessando a janela, que se espatifou com a pancada, e despencaram.
Eram 8 andares de queda, cerca de 24 metros de altura, nenhum dos dois morreria com a queda, mas acabariam muito feridos.
Eles se engalfinharam no ar por alguns segundos, Dagon acabou levando uma mordida, mas conseguiu se soltar da fera. A frustração ficou evidente no rosto do lobisomem, quando tentou agarrar o vampiro novamente e o viu escapar transformando-se numa revoada de morcegos, havia esquecido o fato de que fora do apartamento o vampiro poderia usar seus poderes, agora só lhe restava a queda.
O monstro se espatifou estrondosamente no chão. Muitos ossos do seu corpo se quebraram e ele ficou seriamente ferido, mas não morto. É claro que ele morreria rapidamente sem auxilio médico, mas sua regeneração logo começou a trabalhar, regenerando o essencial para vida em caráter de urgência. Poderia continuar deitado, mas, pelo instinto, pouco tempo depois ele começou a levantar-se com muita dificuldade e dor, logo estaria bom de novo, se nada acontecesse, mas o golpe final veio, Dagon desceu do céu em queda livre, como uma lança arremessada pelos deuses e atingiu Mark com os dois pés, acabando com qualquer esperança do lobisomem.
- Então. -- Dagon disse com uma voz calma. -- Agora é a parte em que você me diz quem pagou pela Lança.
O corpo continuou lá caído. Dagon percebeu que teria de esperar a mandíbula e os pulmões se regenerarem.
- E o que vai fazer se eu não disser? -- Mark respondeu de forma sínica -- Me matar? -- Tentou rir, mas só conseguiu gemer e cuspir sangue.
- Está pronto para morrer como todos da sua espécie, não é mesmo? -- Dagon disse num tom de repulsa. -- Posso fazer algo pior do que te matar.
- Vai beber meu sangue? Sabe que não pode.
- Não, não vou. -- Dagon se abaixou perto do monstro. -- Vou te fazer beber o meu.
- Não... -- Os olhos do lobisomem se arregalaram de espanto. -- Você não faria isso!
- Faria sim. -- Dagon cortou o pulso com uma de suas unhas afiadas. -- Está pronto?
- Não! -- O lobisomem gritou. -- Não faça isso!
- Eu só preciso de um nome. -- Dagon disse retomando sua voz sinistra. Agora ele estava na vantagem.
- Tudo bem eu falo! -- O desespero era visível. -- Foram os gêmeos. Eles estão esperando o comprador. Eles devem ter armazenado no galpão 12 que eles alugaram. É tudo que eu sei.
- É tudo mesmo?
- É sim!
- Tudo bem. Estou satisfeito. -- O corte no pulso do vampiro se fechou.
- Então... -- Mark disse com cautela enquanto se levantava ainda ferido. -- eu vou indo.
- Deixar você ir? -- Dagon disse com um sorriso sádico no rosto. -- Eu nunca disse isso.
Um grito de dor ecoou pela cidade de Nova York.
Os lobisomens mudaram muito desde seu surgimento até os dias de hoje, não são mais as criaturas sem cérebro facilmente controladas de antigamente. Durante os séculos eles evoluíram como uma cultura unificada e encontraram a espiritualidade, descobrindo assim como usar a magia dos espíritos e outras sutilezas em combate.
Mark, o lobisomem, Dellano encurvou-se para trás de braços abertos e uivou tão alto, que pôde ser ouvido por todo o quarteirão. Dagon se assustou ao descobrir que estava sobre o tribal no chão, ele estava brilhando e seus pés estavam presos a ele por causa dessa estranha magia.
- Vou acabar com você, chupador de sangue dos infernos! – Mark disse com sua voz gutural enquanto caminhava para cima do vampiro apriosionado.
O lobisomem desferiu um ataque pronto para decapitar Dagon com suas garras grandes e afiadas. Dagon conseguiu reduzir o dano do golpe desviando movendo somente a cintura. Defendeu um segundo golpe ficando com os braços bastante feridos. Um terceiro golpe veio, um golpe fatal, provavelmente o último, mas nesse instante o efeito da magia acabou, Mark Dellano, o “cara das apostas” de uma cidade grande quanto Nova York não tinha lá tanta espiritualidade assim. Dagon conseguiu desviar com maestria da garrada, mas esta foi seguida de um safanão com as costas do antebraço jogando Dagon contra uma parede.
Dagon caiu atordoado e bastante ferido, sua regeneração lutava para curar os ferimentos profundos e o impacto na cabeça. Dagon levantou com dificuldade e se livrou da dor, afinal não era uma dor real, era apenas uma lembrança de seu tempo como humano, ele era um vampiro agora, carne morta, sem órgãos vitais, sem sentimentos.
O lobisomem avançou como uma fera frenética. Dagon desviou e não atacou, concentrou-se apenas em esquivar do próximo ataque. E do próximo, e do próximo, e do próximo, e do próximo...Depois de vários ataques desviados Mark uivou mais uma vez, mas Dagon fez um movimento rápido retirando os pés de cima da figura tribal que havia no chão e percebeu que a magika falhou assim como tinha previsto. Ele se afastou com calma ficando de costas para uma grande janela de vidro.
- É só isso que sabe fazer totó? – Ele disse com um desdém afiado como uma foice.
Os vampiros também mudaram com o tempo. Antes usavam apenas seus poderes, se achando os predadores máximos do mundo. Hoje, após várias derrotas, aprenderam que só o poder não funcionava. Precisavam de estratégia. Porém assim como a fonte de poder dos vampiros, sangue humano, nunca mudou, a fonte de poder dos lobisomens nunca mudará. Eles nunca vão deixar de se enfurecer. Dagon sabia disso.
O lobisomem atacou, rápido como o vento e forte como a terra, imprudente e furioso, com seus caninos salivando e as sobrancelhas arqueadas, enquanto isso Dagon ficou parado, ele sabia que só precisava esperar, sabia também que iria doer... muito.
Mark Dellano deu o bote, Dagon usou os braços e o jogo de cintura para evitar as garras e a mordida, mas foi acertado pelo encontrão fenomenal, era como ser atingido por um caminhão peludo.
Os dois voaram atravessando a janela, que se espatifou com a pancada, e despencaram.
Eram 8 andares de queda, cerca de 24 metros de altura, nenhum dos dois morreria com a queda, mas acabariam muito feridos.
Eles se engalfinharam no ar por alguns segundos, Dagon acabou levando uma mordida, mas conseguiu se soltar da fera. A frustração ficou evidente no rosto do lobisomem, quando tentou agarrar o vampiro novamente e o viu escapar transformando-se numa revoada de morcegos, havia esquecido o fato de que fora do apartamento o vampiro poderia usar seus poderes, agora só lhe restava a queda.
O monstro se espatifou estrondosamente no chão. Muitos ossos do seu corpo se quebraram e ele ficou seriamente ferido, mas não morto. É claro que ele morreria rapidamente sem auxilio médico, mas sua regeneração logo começou a trabalhar, regenerando o essencial para vida em caráter de urgência. Poderia continuar deitado, mas, pelo instinto, pouco tempo depois ele começou a levantar-se com muita dificuldade e dor, logo estaria bom de novo, se nada acontecesse, mas o golpe final veio, Dagon desceu do céu em queda livre, como uma lança arremessada pelos deuses e atingiu Mark com os dois pés, acabando com qualquer esperança do lobisomem.
- Então. -- Dagon disse com uma voz calma. -- Agora é a parte em que você me diz quem pagou pela Lança.
O corpo continuou lá caído. Dagon percebeu que teria de esperar a mandíbula e os pulmões se regenerarem.
- E o que vai fazer se eu não disser? -- Mark respondeu de forma sínica -- Me matar? -- Tentou rir, mas só conseguiu gemer e cuspir sangue.
- Está pronto para morrer como todos da sua espécie, não é mesmo? -- Dagon disse num tom de repulsa. -- Posso fazer algo pior do que te matar.
- Vai beber meu sangue? Sabe que não pode.
- Não, não vou. -- Dagon se abaixou perto do monstro. -- Vou te fazer beber o meu.
- Não... -- Os olhos do lobisomem se arregalaram de espanto. -- Você não faria isso!
- Faria sim. -- Dagon cortou o pulso com uma de suas unhas afiadas. -- Está pronto?
- Não! -- O lobisomem gritou. -- Não faça isso!
- Eu só preciso de um nome. -- Dagon disse retomando sua voz sinistra. Agora ele estava na vantagem.
- Tudo bem eu falo! -- O desespero era visível. -- Foram os gêmeos. Eles estão esperando o comprador. Eles devem ter armazenado no galpão 12 que eles alugaram. É tudo que eu sei.
- É tudo mesmo?
- É sim!
- Tudo bem. Estou satisfeito. -- O corte no pulso do vampiro se fechou.
- Então... -- Mark disse com cautela enquanto se levantava ainda ferido. -- eu vou indo.
- Deixar você ir? -- Dagon disse com um sorriso sádico no rosto. -- Eu nunca disse isso.
Um grito de dor ecoou pela cidade de Nova York.
*****
Bellmont-NY - Manhã seguinte
Wendy Jones revirou na cama mais uma vez, o despertador já havia despertado e ela o tinha desligado-o, quis “só mais 5 minutinhos”, tomou coragem e levantou. Assim que levantou, viu uma mulher sentada em uma cadeira olhando para ela.
- Está atrasada. -- Disse a mulher desconhecida.
- Quem é você?! -- Ela perguntou se cobrindo com a coberta.
- Alice Ward. -- Disse com frieza. -- Mas isso não é importante. O importante é quem VOCÊ é.
- Como assim? -- Wendy disse sem entender.
- Wendy Jones... -- Alice disse abrindo uma pasta. -- 17 anos, estudante, codinome “Windfall”, possui poderes de controle do vento.
Wendy ficou abismada com aquilo tudo, ficou muda por alguns segundos.
- Eu, Windfall?! -- Wendy não sabia mentir, mas se soubesse não ia adiantar. -- Eu sou só uma garota normal.
Alice não gostava de perder tempo com joguinhos, então jogou a pasta em cima da cama da garota e disse simplesmente “Olhe.”. Wendy abriu a pasta e viu fotos suas trocando de sua roupa comum para seu uniforme de Windfall.
- Como vocês...? -- Wendy ficou sem palavras. -- Mas quem é você algum tipo de agente da C.I.A., ou sei lá?
- Não. -- Alice esclareceu. -- Faço parte de um grupo governamental paralelo. E quero que Windfall faça parte da minha equipe.
- Uau! -- Wendy ficou abismada com aquilo. Estava oficialmente sendo convidada para um super-grupo, era o sonho vindo até ela. -- É com outros heróis? É tipo uma Liga da Justiça?
- Não, não é como uma liga da Justiça. -- Alice despedaçou as expectativas da menina. -- O salário é baixo, você não pode ficar conhecida e corre risco de vida o tempo todo.
- Isso não parece bom. -- Wendy disse meio sem graça.
- E não é. -- Alice concordou. -- Mas não foi por isso que virou super-heroína? Ajudar as pessoas? A emoção da batalha?
- Éééé... até é. -- Wendy disse sem graça. -- O que acontece se eu recusar?
Alice levantou e estalou o pescoço. Teria de estar pronta para o que fosse acontecer.
- Estamos com o seu pai.
O raiva invadiu a garota seus cabelos se ergueram e seus olhos brilharam. Com um gesto de mão um redemoinho se formou embaixo de Alice jogando contra o teto e caindo no chão.
- O que fizeram com meu pai! -- Windfall gritou.
Alice caiu no chão bem posicionada para reduzir o impacto, tinha de estar pronta para um segundo ataque.
- Não fizemos nada com ele. -- Alice gritou tentando evitar um confronto. -- Ele está bem e não está ferido. Só quero que você considere.
Wendy não sabia o que fazer, não estava preparada para aquilo, sua vontade era de matar aquela mulher e salvar sei pai de algum jeito. Mas matar não faria dela uma heroína, nem ajudaria a encontrar seu pai e aquela mulher na sua frente estava oferecendo uma chance de trabalhar para o governo, ou algo parecido. Ela se acalmou.
- O que eu tenho que fazer? -- Wendy perguntou já mais calma.
- Me encontre nesse endereço... -- Alice voltou a sua postura anterior e deu um cartão para Wendy. -- … amanhã à noite.
- Ok. -- Ela respondeu. -- Meu pai vai ficar bem?
- Vai sim. -- Alice respondeu antes de partir, pulando da janela e entrando num carro.
Wendy Jones revirou na cama mais uma vez, o despertador já havia despertado e ela o tinha desligado-o, quis “só mais 5 minutinhos”, tomou coragem e levantou. Assim que levantou, viu uma mulher sentada em uma cadeira olhando para ela.
- Está atrasada. -- Disse a mulher desconhecida.
- Quem é você?! -- Ela perguntou se cobrindo com a coberta.
- Alice Ward. -- Disse com frieza. -- Mas isso não é importante. O importante é quem VOCÊ é.
- Como assim? -- Wendy disse sem entender.
- Wendy Jones... -- Alice disse abrindo uma pasta. -- 17 anos, estudante, codinome “Windfall”, possui poderes de controle do vento.
Wendy ficou abismada com aquilo tudo, ficou muda por alguns segundos.
- Eu, Windfall?! -- Wendy não sabia mentir, mas se soubesse não ia adiantar. -- Eu sou só uma garota normal.
Alice não gostava de perder tempo com joguinhos, então jogou a pasta em cima da cama da garota e disse simplesmente “Olhe.”. Wendy abriu a pasta e viu fotos suas trocando de sua roupa comum para seu uniforme de Windfall.
- Como vocês...? -- Wendy ficou sem palavras. -- Mas quem é você algum tipo de agente da C.I.A., ou sei lá?
- Não. -- Alice esclareceu. -- Faço parte de um grupo governamental paralelo. E quero que Windfall faça parte da minha equipe.
- Uau! -- Wendy ficou abismada com aquilo. Estava oficialmente sendo convidada para um super-grupo, era o sonho vindo até ela. -- É com outros heróis? É tipo uma Liga da Justiça?
- Não, não é como uma liga da Justiça. -- Alice despedaçou as expectativas da menina. -- O salário é baixo, você não pode ficar conhecida e corre risco de vida o tempo todo.
- Isso não parece bom. -- Wendy disse meio sem graça.
- E não é. -- Alice concordou. -- Mas não foi por isso que virou super-heroína? Ajudar as pessoas? A emoção da batalha?
- Éééé... até é. -- Wendy disse sem graça. -- O que acontece se eu recusar?
Alice levantou e estalou o pescoço. Teria de estar pronta para o que fosse acontecer.
- Estamos com o seu pai.
O raiva invadiu a garota seus cabelos se ergueram e seus olhos brilharam. Com um gesto de mão um redemoinho se formou embaixo de Alice jogando contra o teto e caindo no chão.
- O que fizeram com meu pai! -- Windfall gritou.
Alice caiu no chão bem posicionada para reduzir o impacto, tinha de estar pronta para um segundo ataque.
- Não fizemos nada com ele. -- Alice gritou tentando evitar um confronto. -- Ele está bem e não está ferido. Só quero que você considere.
Wendy não sabia o que fazer, não estava preparada para aquilo, sua vontade era de matar aquela mulher e salvar sei pai de algum jeito. Mas matar não faria dela uma heroína, nem ajudaria a encontrar seu pai e aquela mulher na sua frente estava oferecendo uma chance de trabalhar para o governo, ou algo parecido. Ela se acalmou.
- O que eu tenho que fazer? -- Wendy perguntou já mais calma.
- Me encontre nesse endereço... -- Alice voltou a sua postura anterior e deu um cartão para Wendy. -- … amanhã à noite.
- Ok. -- Ela respondeu. -- Meu pai vai ficar bem?
- Vai sim. -- Alice respondeu antes de partir, pulando da janela e entrando num carro.
*****
Kips Bay - NY - Noite
O bairro das docas está cheio de galpões para armazenamento de tudo quanto é tipo de coisa. Pela falta de fiscalização adequada, os bandidos acabam dominando esse tipo de local.
O galpão 12 é um desses galpões usados por bandidos. De acordo com uma pista quente “Os Gêmeos”, dois grandes traficantes de antiguidades, haviam alugado aquele galpão e Dagon estava indo para lá.
Parou e observou a porta metálica do galpão entreaberta. Não deveria estar assim. Ficou cauteloso por um momento, mas já estava cansado de joguinhos. Abriu a porta num único movimento e se surpreendeu dentro do galpão as luzes estavam acesas, várias pessoas, entre elas “Os Gêmeos”, estavam espalhadas pelo chão, todas feridas, talvez mortas. No meio do galpão estava uma mulher.
Ele tinha ido buscar, mas ela havia chegado antes. Nas mãos dela estava o prêmio da noite, a Lança do Destino.
- Olá Dagon. -- disse Alice. -- Acho que veio atrás disso.
Continua...
Não perca S.O.M.B.R.A #2 – Alice VS. Dagon
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