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sábado, 22 de janeiro de 2011

Lanterna Verde #1




Lanterna Verde #1 – O fim de uma era.

Escrito por Xande Ribeiro


Setor Espacial 2814: Quadrante B, Planeta Terra.


Gotham City nunca foi uma cidade em que as coisas deram certo. Os cidadãos de Gotham sempre se viram perdidos, sozinhos. Desde a Morte de Thomas e Martha Wayne, os principais filantropos da cidade, a cidade sentiu o Baque. A decadência tomou conta de Gotham. A cidade que eu lutei tanto pra defender sucumbiu as trevas. Depois de tudo que fiz, não pude salvar Gotham quando ela mais precisou. Meu nome é Alan Scott, eu costumava ser o Lanterna Verde. Porem, hoje em dia eu sou dono do maior grupo de Comunicação dos Eua, a L.W.I (Ladd Wellington Incorporated).


- Que saco! – Exclama o homem loiro, sentado em uma bela poltrona de couro, diante de uma incrível mesa de Teixo, adornada por enfeites verdes.


- O que foi Allan? – Perguntou um homem menor, seus cabelos Grisalhos chamam a atenção. O tom de sua voz é simples e humilde – Tem alguma coisa te incomodando?


- Claro que tem Jay, essa papelada toda. Droga, eu não agüento mais isso. Eu tenho 63 anos, pode não parecer devido ao coração estelar, mas eu tenho. Eu estou cansado de ficar cuidando disso, passei tempo demais fazendo isso.


- Calma cara, fica tranqüilo. Isso é normal. Quando eu gerenciava meu laboratório era assim também. Mas eu levei numa boa.


- É claro! Você tem super-velocidade – Diz Alan em meio as Gargalhadas


- É verdade, mas você é o Lanterna Verde – Diz Jay em tom de admiração. Antes que Alan possa interferir ele continua - Você é um dos seres mais poderosos desse planeta, se não for o mais forte. Lembra quando você encarou o Espectro?


- Claro, eu tava morrendo de medo. Aqueles olhos vazios, saudade de quando ele era mais Jim Corrigan.


- Verdade, mas cara ele desistiu de te encarar. E eu? Eu corro, o espectro não tinha medo de mim.


- Claro que não, ele te respeitava. Todos eles te respeitam. Você sempre foi o Carismático.


Os dois ficaram rindo por alguns minutos, as historias de seus tempos de heróis vem em suas cabeças. Após algumas horas de conversa, que para eles foram minutos, Jay olhou para o seu relógio e disse:


- Alan, o papo está muito bom. Mesmo. Só que eu tenho que ir, se eu não correr eu vou me atrasar. E você sabe que a Joan me mata se eu me atrasar.


- O homem mais rápido do mundo com medo de se atrasar? – Perguntou Alan.


- O mais rápido? Esqueceu que tem um novo garoto de vermelho por essas bandas?


- Ele não se compara a você.


- Vida Longa Alan.


- Vida Longa Jay.


O homem de cabelos grisalhos sai da sala, Alan fica na janela esperando vê-lo sair do prédio. Após pisar no passeio, não existe mais Jay Garrick, um borrão vermelho passa freneticamente pelas ruas.


- Com vocês senhoras e senhores: Flash, o homem mais rápido do mundo. – Alan olha para um quadro onde várias pessoas fantasiadas posavam para uma foto – Bons tempos aqueles.



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Em uma sala escura dois homens conversam. Em cima de uma velha mesa, vários papeis com inscrições antigas que, aparentemente, foram avaliados diversas vezes.


- Tantos anos de pesquisa, tanto tempo recolhendo evidencias pra nada.


- Acalme-se. Nós vamos encontrá-lo senhor. Nós só precisamos procurar com mais cuidado. Precisamos ser mais criteriosos. As coisas não irão cair assim em nossas mãos.


- Eu sei! Mas, nós estamos ficando velhos. Talvez não encontremos o que procuramos.


- Nós iremos encontra-los.


- Eu espero que sim, eu espero que sim.



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Alan Scott está deitado em sua cama, uma bela mulher repousa ao seu lado. Ele começa a sonhar. Em seu sonho ele vê a Sociedade da Justiça reunida novamente, seus velhos parceiros estavam lá. Desde Gládio até o cidadão americano, todos estavam lá. E ele via novos rostos também. Existia também uma pessoa a qual ele não reconhecia, suas vestes eram negras e seu rosto era um borra, impossível de ser reconhecido. Com exceção dele mesmo, Jay Garrick e Wesley Dodds, que faleceu há alguns anos, seus amigos estavam desaparecidos desde a ultima batalha contra Hitler.

O grupo de amigos estava feliz, todos estavam sorrindo. Do nada essas imagens são substituídas por outras. Ele agora vê dois homens abrindo uma espécie de tumba dentro dela existe um homem deitado no chão. Seus olhos vidrados nos homens que o libertaram, seus cabelos e sua barba se misturavam. Ele sai desse sonho e vê o Espectro eles estão lutando contra ele, ninguém consegue pará-lo.

De súbito Alan se levanta sua mulher e sua filha, todos olham pra ele com ar de preocupação.


- Pai você tá bem? – Perguntou Jade, a filha de Alan.


- Tudo bem querida, tudo bem. Só tive um pesadelo. Foi horrível.



Eles conversam quando escutam o interfone tocar.


- Alan sou eu, me desculpe incomoda-lo essa hora, mas é urgente.


- Tudo bem Jay, eu tenho a ligeira impressão de que sei o que você vai falar.


Jay e Alan acomodam-se enfrente a lareira, o coração dos dois bate rápido. Eles estão apreensivos.


- Então cara – Começa Jay – Eu tive um sonho muito estranho, sabe cara... Era muito... Real.


- Eu sei – Os olhos dos dois ficam fixos a lareira – Eu acho que tive o mesmo sonho.


Alan conta seu sonho a Jay e para a surpresa deles, ou não, ele era o mesmo. O silencio perdurou durante alguns minutos.


- Quem nos mandaria um recado desses? – Perguntou Alan


- Sinceramente? Não faço a menor idéia. Talvez tenha sido simplesmente um sonho.


- Jay, por favor... Nós dois, sonhando com a mesma coisa, no mesmo dia. Isso não é coincidência. Alguém quer nos avisar algo. A velha turma reunida pra enfrentar um dos nossos. Por favor Jay, isso é um pressagio.


- Quem nos mandaria isso, não restou ninguém da nossa época.


- Quem, quem ousaria entrar em suas mentes? – Uma voz ecoa por toda a sala. Alan e Jay entram em alerta – Por favor, não fiquem apreensivos. É assim que vocês recebem um velho amigo?


Um homem sai das sombras, ele usa uma mascara de Gás branca, que contrasta com seu terno preto. Jay e Alan olham para aquele homem como se vissem um fantasma, eles continuam em prontidão.


- Wesley? – Pergunta um emocionado e confuso Jay Garrick


- Calma ai, Jay. Já usaram esse truque com agente antes.


- Droga, vou ter que tirar a mascara. Eu gosto dela.


O homem tira a mascara, revelando uma face bastante clara, seus olhos são negros como a noite, e seu cabelo é comprido e castanho. Allan e Jay ficam estupefatos, o homem era igual ao seu amigo, só podia ser ele.


- Wesley – Os dois exclamaram juntos.


- Sim.


- Mas como pode ser possível? – Se pergunta Jay Garrick – Você morreu


- Sim eu morri, mas fui levado ao mundo dos sonhos. Morpheus, o rei dos sonhos precisava de um substituto e eu fui escolhido para o lugar dele.


- Só isso? – Perguntou Allan.


- Na verdade não, isso é a versão bastante resumida – Diz um sorridente Wesley Dodds – Eu sei que esse é um momento de felicidade, mas o que eu tenho a dizer não é bom.


Ambos ficaram calados, a expressão de Wesley não era mais tão amigável.


- Então... – Começou Wesley – O que vocês viram é real. Aquilo ira acontecer.


- Como você sabe disso? – Interrompe Jay


- Faz parte dos meus novos poderes. É legal, bastante legal. Mas continuando... Eu captei alguns sonhos, faziam parte de planos. Inexplicavelmente eu não consigo identificar quem são essas pessoas. É por isso que eu estou aqui. Eu preciso da ajuda de vocês. Eu poderia resolver isso por mim mesmo, porem o sonhar, o lugar onde eu vivo, foi atacado recentemente por uma orda de demônios. Eu não posso abandonar o lugar por mais do que algumas horas. Vocês são os únicos da velha guarda que ainda estão vivos, vocês são minha única esperança.


- Cara, a quanto tempo eu queria voltar a ação – Diz um excitado Alan Scott – O que você quer que nós façamos?


- Primeiro, vocês precisam encontrar alguns artefatos. O primeiro é a Lança de Anúbis.


- Lança de Anúbis? Ela é a única coisa capaz de matar... Não, você ta brincando comigo.


- Não Jay, nunca falei tão serio em toda a minha vida. Nós temos que matar o Espectro.



Continua em Sociedade da Justiça #1



Na próxima edição:


Hal Jordan e John Stewart.

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