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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Robin #2

 

Robin #2
Super-herói adolescente - Parte 2

Escrito por Xande Ribeiro




Gotham+Noite+Tim Drake = Robin. Até quando eu não quero, essa equação simples insiste em se repetir. Sério.

- Atenção membros dessa incrível empresa. Eu os manterei em cárcere, até que eu tenha meus desejos atendidos. Espero que entendam e, se não for pedir muito, esperem pacientemente. Eu sou o Mariposa, e espero que apreciem esse momento.

    Tim desce as escadas chegando próximo ao salão principal, ele volta a acessar o sistema de segurança do prédio, algumas câmeras estão desligadas. Ele acessa a que fica acima da porta de entrada, ele então tem um panorama perfeito. Ele vê 15 funcionários ajoelhados, a maioria de cabeça baixa. O homem vestido de Roxo continua a falar, Tim faz contato com seu super-computador, o Irmão Olho.

- Irmão, eu preciso de uma planta detalhada no local. 3 opções de controle total da situação, em ordem de eficácia. – O computador demora 10 segundos e entrega os relatórios para Tim. Ele amplia a imagem na parede. Então ele decide como agir.

- Vocês vão... – Em meio ao seu discurso o Mariposa escuta uma explosão vinda da escada. Um gás vermelho toma conta do lugar. Uma voz macabra sai da fumaça.

- Entregue-se... – Tim analisa o homem por alguns segundos e repara alguns robôs mariposa por perto – Mariposa. Não me obrigue a ir ai e quebrar todos os seus ossos.

- Batman? – Mariposa se assusta, se desajeitando – Me desculpe eu... Espera ai, você não é o Batman.

- Não, sou bem pior...

    Tim sai do meio da fumaça, Mariposa ameaça puxar suas armas, mas não consegue. O gás lançado por Tim não é apenas distração, ele espalha uma substancia, uma substancia que gera medo nas pessoas.

- O que foi cara, está com (Obrigado pelas aulas de interpretação Alfred)... – Ele se aproxima mais do Inimigo, seu olhar se torna doentio. Um sorriso sinistro surge no canto de sua boca. Ele se encolhe, a capa arrasta no chão. E então sussurra – Medo?

- Por favor, vá embora. Me deixe sozinho.

- Não... acho que você merece algo pior - Tim pega o homem pelo braço e o arrasta até o elevador. Os funcionários, também afetados pelo gás entram em pânico. Ao perceber isso, Tim se comunica com o Irmão Olho, o colocando para abrir as portas do prédio para que os funcionários possam fugir. E então enviar um relatório da situação para o comissário Gordon – Então, Mariposa... O que você está fazendo aqui?

- Me solte, me solte. Por favor, eu só estava desesperado.

    A porta do elevador se abre.

- Sabe Maripas... Eu tenho alguns apetrechos comigo. Um deles, por exemplo, me permite controlar esse elevador. Entende?

- Sim, sim... Por favor me deixe ir.

- Então, eu não acredito no que você está falando – Tim empurra a cabeça do Vilão deixando-a pendendo – O elevador está a 5 andares acima de nós, eu posso fazer com que ele dessa. E bom, sua cabeça iria parar... Bem, eu não sei aonde ela iria parar, mas seu corpo ficará aqui. Que tal cooperar, não quero manchar meu uniforme.

- Eu te falei... Eu – O elevador desse um andar – Tudo bem, tudo bem. Eu te falo.

- Então, sou todo ouvidos.

   
Mansão Wayne.

    A Bat-caverna é um lugar silencioso, um lugar sagrado para os que a utilizam. É o solo sagrado do combate ao crime. Quando um Jovem Bruce Wayne perdeu seus pais, a caverna, e os morcegos que ele tanto temia, o confortaram. Daí o seu culto a figura do Morcego, suas pesquisas sobre Barbathos. Sua busca incansável pela perfeição, pois ele sabe que a guerra que trava, muito possivelmente não terá um fim favorável. Mas ele pode, e deve, vencer qualquer batalha. Ele pode não vencer a guerra, mas vai vencer as batalhas, buscando inspirar. E ele o fez. Richard Grayson aliou-se a sua peleja, um garoto que perdeu os pais, incríveis acrobatas. Dick, como Grayson é conhecido, foi o primeiro Robin, hoje é um policial de Gotham. É considerável por muitos o Líder perfeito. Suas estratégias sempre são precisas, ele consegue acabar com uma luta sem se esforçar muito. Mais uma tragédia abateu um grupo chamado Turma Titã, grupo de parceiros mirins liderados por Robin. Então Bruce achou outro combatente do Crime, Jason Todd. Um garoto impulsivo, mas muito cativante. Ele trouxe um Robin diferente, enquanto Dick era espalhafatoso, utilizando o ambiente ao seu favor. Jason usava as sombras, era incisivo, não era tão bom acrobata, ou estrategista como Dick, mas Todd usava sua força ao seu favor. Porem Jason não teve tanta sorte e pereceu nas mãos de Ra’s al Ghul. Alguns anos depois, Tim Drake veio a se tornar Robin. Tim, filho de um amigo de Bruce Wayne, Jack Drake. Tim é um gênio da tecnologia, desde cedo teve seu espaço nas Indústrias Wayne. Um dia quando seu pai estava visitando Bruce, logo após a morte de sua mãe. Ele descobriu a caverna, o incrível Dinossauro, a Moeda Gigante. Todas essas coisas continuam ali. Quando a silenciosa Redbird, uma moto desenvolvida por Drake, adentra a caverna, Bruce Wayne, o Batman o olha, como se estivesse esperando algo.

- Bruce, tenho algo muito importante pra te falar.

- Diga Tim – Bruce tira o Capuz, e olha Tim de modo estranho – Porque você está usando o uniforme?

- Ataque as empresas Wayne. Era um tal de Mariposa, Cameron van Cleer, era presidente da Cleer Inc.

- Nós adquirimos essa empresa recentemente.

- Sim – Tim também tira o capuz, se larga no imenso sofá preto presente na caverna, Bruce senta-se ao seu lado – Lucius estava investigando isso. Cameron estava financiando ilegalmente algumas pesquisas que resultaram no traje dele. Muito bem feito por sinal.

- Capuccino? – Bruce puxa uma Xícara para Tim, ele aceita. Logo após puxa uma pra ele mesmo. Ele da um demorado gole, então volta ao assunto – O Irmão Olho registrou isso?

- Sim... Que coisa hein Bruce? Não consigo tirar férias.

- Gotham Tim, estamos em Gotham.

- Quantas Horas? – Tim pergunta.

- 21:34, porque?

- Tenho uma festa pra ir hoje. Tava quase esquecendo. Tenho que fazer a social.

- Quer que o Alfred leve você?

- Não, não precisa... Vou usar o Cammaro. Pode ser?

- Sim... Tim – Bruce sobe as escadas junto a Tim – Não me deixe esquecer uma coisa, Vick Valle vem aqui amanha, lá pras 19:00 horas. A manchete: A vida de um Bilionário solitário – Ele faz um gesto, como se mostrasse a revista, Tim ri – Então, qualquer coisa, Robin pode tomar conta de Gotham?

- Eu estou de férias ou não?

- Você sabe a resposta.

    Tim sobre para o seu quarto, tira o resto do uniforme e vai tomar um banho. Durante o Banho ele pensa em Stephanie Brown. Em Ariana, na sua vida em geral.



Departamento de Policia de Gotham.

    Dick Grayson, filho da tenda, astro principal dos palcos. Combatente do Crime. Detetive. Ele jamais esquece seus dias de sunga verde, das alegrias, e, principalmente, das tristezas. E foram tantas.

- Dick, você está me ouvindo? – O comissário Gordon tenta tirar o amigo do Transe no qual ele se encontra – Ainda pensando no passado, menino prodígio.

- Sim... Sabe, Jim? – Dick coloca os cotovelos na mesa – Não sei se estar aqui é o melhor. Não acho que estou dando tudo de mim. Uma parte minha ficou pra trás.

- Richard – Gordon puxa uma cadeira e senta-se ao lado de Grayson – Desde que Bruce contou tudo pra mim. Eu não posso culpá-lo. Assim como eu não posso te culpar por querer voltar a essa vida.

- Eu não me esqueço do que aconteceu.

- Dick, você era um garoto. Você perdeu tantas pessoas que você gostava. Mas protegeu tantas outras. Bruce já te disse, o mundo é difícil. É perigoso. Você é o Irmão mais velho, depois de Bruce, você será o Batman.

- Eu? Batman? Não sou suficiente.

- Não é? Não foi isso que Bruce disse pra mim. Olha, Jason Todd e Tim Drake um dia vão precisar de você. Assim como vocês precisaram de Bruce.

- Eu não sou um conselheiro.

- Richard, Você é o MELHOR líder que eu já conheci. Acho que você deveria procurar o Bruce. Conversar com ele. Vocês deveriam se entender.


No outro dia, na Mansão Wayne.

    As coisas estão quietas, Bruce Wayne está na sala conversando com Vicky Valle. Muito entretidos no assunto, ou simplesmente fingindo estarem, vinho em suas taças. Alfred sempre ri quando isso acontece. Tim está na caverna, jogando Call of Dutty. A campainha da mansão toca, todos se assustam.

- Você está esperando visitas senhor Wayne? – Pergunta a Bela repórter Vick Valle. Seus belos cabelos ruivos suavemente contrastando com seu vestido preto. Seus olhos verdes muito atentos, não saiam dos tão negros olhos de Bruce Wayne.

- Desculpe, também estou surpreso. – Alfred passa pela sala se dirigindo a porta. A porta tem toda a atenção de Bruce.

    Alfred olha através do interfone, e reconhece o, outrora, jovem pupilo. Ele abre a porta, seus olhos estão um pouco marejados.

- Patrão Richard – Alfred abre um largo sorriso.

- Alf – Dick retribui o sorriso com um efusivo abraço. Bastante apertado, é como se encontrasse algo muito importante que havia perdido – Que saudade meu velho.

- Dick... – Bruce fica sem ação, ele tenta esconder a surpresa, mas não consegue.

- Desculpe o incomodo Bruce, mas acho que poderia passar alguns dias aqui. – Dick se dirige a Valle, ela estende a mão e ele a beija com extrema suavidade – Olá sra. Valle, a quanto tempo não?

- Sim detetive Grayson.

- Não me lembrava que ficava tão bem vestida – Bruce e Alfred riram com o canto da boca. Grayson sempre foi mulherengo, mas ele piorou. Valle sorriu timidamente.

- Então Bruce, tem lugar pra um filho desgarrado?

- Claro, acho que a casa sentiu sua falta.

- A casa. Seu cabeça dura – Ele se aproxima de Bruce, abrindo os braços – Será que você não daria um abraço no filho?

- Sempre – Bruce retribui o gesto e abraça Richard – Eu senti sua falta detetive.

- Agora assim ta bom. Tim ta ai?

- Sim, ele está na lavanderia.

- Entendo. Senhorita Valle, vou deixá-la a sós com Bruce. Espero que possamos nos ver em breve.

    Dick sobe as escadas, ele sente nostalgia. As coisas boas da vida antiga vêm à tona. Ele abre uma porta secreta, onde o relógio está. Ele coloca o horário. A porta se abre.
    Tim Drake se espanta.

- Terminou cedo em Bruce?

- Ei Tim, esse é o Black Opps? – Dick coloca as coisas no chão, Tim Sorri. Os dois usam o toque dos Robins, foi Jason que inventou. Sempre ele – Posso jogar?

- Claro, senta ae... Cara, Tudo bom no departamento?

- A Tim, sabe como é. Acho que as vezes devemos desencanar. Como está no colégio?

- Tenho alguns problemas, me pegaram, chegando no ponto.

- Hum... Sei bem o que é isso. Você esta namorando a Ariana ainda?

- Sim. Agente tem brigado um pouco. Mas outro dia conheci uma garota sensacional.

- No colégio?

- Sim, ela é novata. Stephanie Brown.

- Steph Brown? – Dick tenta puxar algo na memória.

- O que foi? Você a conhece?

- Não sei. O nome é familiar. Deve ser coincidência.

- Bruce ainda ta lá em cima com sra. Ruiva?

- Sim. E ela não é ruiva natural.

- Como você... – Tim menciona perguntar, mas ele saca na hora – Você não tem jeito. Não mesmo.

- Ela é morena. E fogosa... me deu trabalho.
- Cara, sério... me poupe. Vamos Jogar?

    Mais tarde naquela noite, Bruce desce para a caverna. Ao ver os dois Robins sorrindo, ele também o faz. Mas ele sente falta de algo...

- Então Dick. O que você veio fazer aqui?

- Bruce Wayne, sempre em tom de te mandar embora. Eu vim pra conversar com você. Sobre o passado. Sobre o presente. Sabe, eu tentei deixar as coisas pra trás, você sabe o que eu passei.

- Eu sei Dick. Eu... Senti sua falta.

- Alfred mandou você dizer isso não foi?

- Claro que não Tim. Dick sabe disso.

- Eu sei... Mas não esperava que você dissesse isso. Enfim Bruce, acho que está na hora de voltar.

- Ei, já tem um Robin na casa. E sou eu.

- Não Tim, eu tenho uma nova idéia. Asa Noturna.


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